2 Anos trabalhando em uma empresa Remota, o que aprendi — Avelar Leão — [Resumo palestra Scrum Rio 2018]

Nos dias 26, 27 e 28 de julho 2018 estive no Scrum Gathering Rio e vou compartilhar com vocês alguns insights, reflexões e opiniões de algumas palestras que participei.

Este post foi escrito por Cleiton (Caco) Luis Mafra.

Caso você não tenha visto, no post anterior eu comentei sobre o Key Note More with LeSS — Craig Larman.

2 Anos trabalhando em uma empresa Remota, o que aprendi — Avelar Leão

Avelar trouxe o cenário prático que eles estão passando na K21, trabalhando totalmente remotos e compartilhou dicas muitos boas e valiosas.

“Nenhuma comunicação virtual é igual um tapinha nas costas e uma conversa rápida” — Avelar Leão, 2018

Com essa frase ele refletiu que o ambiente remoto tem seu prós e contras, e que de fato tem algumas perdas em relação comunicação e interação no ambiente físico. Não adianta só contratar as ferramentas, fazer de qualquer jeito e esperar que a “mágica” do trabalho remoto aconteça.

Para que o ambiente remoto se construa de verdade, é necessário investir tempo e também adaptar alguns formatos para garantir a qualidade e a efetividade.

1. “Esse time não produz”

É necessário ter as ferramentas, equipamentos e espaço adequados para que o trabalho aconteça com qualidade. Desde coisas básicas como banda de Internet, espaço físico reservado, mesa e cadeira, até ferramentas de comunicação que permitam fácil conectividade.

2. “Ele não me entende”

É necessário encurtar as distâncias no trabalho remoto.

No mundo físico a distância social para que possamos criar empatia uns pelos outros acontece de graça. Vai desde cor de camisa, gosto musical, preferência por esportes como futebol, basquete, isso cria a primeira conexão e aproxima as pessoas.

No mundo virtual você tem que criar esses momentos para criar as conexões.

3. “Não confio nele”

“Trust = Reliability + Likeability” — Hassan Osman, 2016

Reliability = Hard + Soft Skills

Likeability = Ver o outro como um humano

Ele comentou que o que perdemos muito no ambiente remoto é Likeability, que é muitas vezes aquele papo de corredor, cafezinho ou almoço.

Então por exemplo, é importante deixar um espaço no início das reuniões entre remotos para falar uns 5 minutos de coisas aleatórias.

4. “Não consigo falar com ele”

Ele trouxe a reflexão que existe vários níveis de trabalho remoto que você deve entender qual o seu modelo. Quanto maior o nível, maior a complexidade e os desafios da comunicação.

Eles também criaram um calendários compartilhado para saber onde a pessoa está fisicamente.

Uma regra criada foi: se a pessoa marcou como indisponível, ela não deve ser contactada.

Nós aqui na Resultados Digitais estamos usando a #Matrix, um software Open Source que cria um ambiente virtual próximo do ambiente real e facilita muito a comunicação.

#Matrix — Work everywhere. Stay Together
Ambiente virtual da #Matrix

Síncrono x Assíncrono — Esse tópico eu achei bem interessante, pois eles tem um modelo e regras que facilitam a solução de conflitos/treta. (Assíncrono -> Privado -> Síncrono).

Exemplo: Começou uma discussão um pouco mais acalorada ou pontos muito divergentes, como isso vai demorar para se resolver no assíncrono?

A recomendação é que façam a discussão no privado e depois compartilhem o resultado no assíncrono, caso não resolva no privado, a recomendação que façam uma comunicação síncrona (vídeo) e depois compartilhem o resultado e as conclusões no assíncrono.

Muito bacana ter esse formato, pois ajuda a ganhar velocidade e qualidade nas discussões.

Broadcast vs self-subscribe — É importante deixar claro quando usar o e-mail ou canal público do Slack (Broadcast) e quando usar o canais privados ou canais para temas específicos no Slack (self-subscribe).

Isso garante que a comunicação seja efetiva e utilizando o canal de comunicação correto.

5. “Não sei o que está acontecendo”

É importate criar acordos de time, sobre como se comunicar ,onde consultar as infos e como trabalhar.

Um exemplo, eles tem um grupo no telegram chamado “Cafezinho” que pode ser discutido qualquer coisa e não é obrigatório a leitura, mas há uma regra, se algo importante for discutido no “cafezinho”, essa informação deve ser replicada no canal oficial para que todos possam ler. Essa é a responsabilidade da pessoa que iniciou a discussão.

6. “Me sinto muito só”

“Ser uma empresa remota é garantir que seus colaboradores remotos são tão parte da empresa quanto os que frequentam o escritório.” –Alyssa Mazzina, 2017

Usar comunicação por vídeo, ajuda a reduzir a solidão. Ele comentou que o Telegram tem um recurso para responder com vídeos curtos, e isso aproximou bastante as pessoas.

Eles fazem encontros presenciais de tempos em tempos com todas as pessoas.

Estimular o trabalho em pair ajudar a reduzir a solidão e acelera a curva de adaptação de novo membros da equipe.

Conclusão

Então… trabalho remoto feito de qualquer jeito não dá resultado.

Porém… Nossas empresas precisam se adaptar para isso.

Gravação

A palestra foi gravada e publicada na InfoQ, assista aqui: https://www.infoq.com/br/presentations/2-anos-trabalhando-em-uma-empresa-remota-o-que-aprendi

https://www.infoq.com/br/presentations/2-anos-trabalhando-em-uma-empresa-remota-o-que-aprendi

Download dos Slides

https://drive.google.com/file/d/1HND707AvitiFJPiKYOo5c8oGFJUWICOo/view?usp=sharing

Fique ligado!

Nos próximos dias, vou publicar o resumo da palestra Aplicando o Learning 3.0 para descobrir como criar times de alta performance — by Yoris Linhares e Cleiton Mafra (Caco)

Você gostou desse conteúdo?

Compartilhe com seus amigos e ajude esse a chegar a quem precisa.

Quer saber mais ou ficou com dúvida?

Deixe seu comentário que terei o maior prazer em responder.

--

--