Design Growth na Prática
Trabalho com produto há um bom tempo, lembro que o Twitter foi lançado e eu achava aquilo incrível e viciante. Gerenciava meus projetos com Basecamp. Naquela época eu nem pensava em assistir Netflix e usava Grooveshark para escutar música. Quanta revolução em termos que design já tivemos desde então, talvez a maior delas foi ver como os produtos tornaram-se cada vez mais naturais de se utilizar, com menos curva de aprendizado, mais self-service. O princípio dessa revolução é o que, em produto, chamamos de growth.
Nestes últimos anos entrei em um novo desafio aqui no RD Station: atuar em um time PLG (Product-led Growth). É fascinante como a prática de Design em PLG é de fato diferente de um time de produto que pensa em funcionalidade. A principal característica é a necessidade de dominar a estratégia da empresa, basicamente é pensar na solução com o cliente e o impacto no negócio com o mesmo peso.
Trabalhar com PLG nos força sempre a pensar em como provar o valor com Design, como mensurar o que está sendo feito e como aquilo vai influenciar em determinada meta. Cada passo deve ter um motivo claro e um retorno que possa ser medido.
E com base no que tenho vivenciado nestes últimos anos em um time de growth irei fazer uma série de artigos com as práticas e os fundamentos que temos aplicado por aqui.
O que vou trazer nessa série:
- Princípios e fundamentos de Product-led Growth
- Identificando e direcionando os resultados em busca de alto impacto
- O equilíbrio entre a estratégia do negócio e os problemas do cliente
- Validando e mitigando o risco da solução
- A real importância do impacto para priorização
- Product Designer x Growth Designer
- Design Thinking na prática
- Pesquisa contínua: qualitativa, dados e benchmarks
- O poder da instrumentação
- As diferentes formas de validação
- Win ou Lost: Acompanhando o experimento
- PLG Design Framework: Um experimento do início ao fim
Sempre que me perguntam o que eu faço digo que sou Designer. “Hmm legal, mas do que?” E aí que começa toda a explicação do que na prática eu faço. Alguns se dizem designer de produto, ou de interação, ou UX designer… Mas isso é só pra dizer que independente das variações de nomenclatura, não quero evangelizar um título e nem mesmo diria que eu sou um growth Designer (apesar dessa buzzword ser bacana 🤓).
Não pretendo também criar um manual para trabalhar em PLG. O que vou fazer é compartilhar minhas experiências para ajudar quem trabalha com growth e para demonstrar que designer pode entender e ser direcionado por métrica, sem perder a essência do bom design, do design centrado na pessoa por trás do produto.
No primeiro artigo, irei falar dos “Princípios e fundamentos de "Product-led growth”. Atualizo aqui em alguns dias 😊
Alguém mais aí ouvia Grooveshark? 🦈