2020 não foi para amadores
Uma breve retrospectiva do digital nesse ano nada normal
“Novo normal”, “pandemia”, “vai passar”, “tão vendo minha tela?”, “frete grátis”, “tão me ouvindo?”, “travou aqui”, “conforto”, “em casa”, "infoxication", “quarentena”, “zoom”, “live”, “né , minha filha?”, “home office”, “saudade”…Eu poderia ficar até amanhã aqui elencando os termos mais usados no digital nesse ano. Quem iria imaginar!
Em fevereiro, eu publiquei bem otimista o primeiro texto do Fantástico Mundo RP sobre ''As Relações Públicas de 2020", com uma reflexão sobre o papel do profissional no mercado e o seu impacto na área digital. Na época comentei sobre a mudança ser uma constante em RP, e que, nesses casos, mostramos o quanto somos adaptáveis e geramos valor. Errada não tava, né?
“E aí veio a pandemia…” (outra frase clássica desse ano). No dia 19 de março, completamos 8 anos de Fantástico Mundo RP e nesse dia também foi meu último dia de trabalho presencial na empresa antes do isolamento.
Os primeiros dias de quarentena e praticamente lockdown em muitas cidades já trouxeram vários ensinamentos e mudanças. Principalmente no digital…
De mobile first para mobile only, de offline e online passamos para a always on. Do atendimento presencial, passamos pro atendimento digital. Da atividade profissional, pra produção de conteúdo online. Das reuniões presenciais, para as vídeo conferências. Do balcão, para os aplicativos de comunicação. Da diminuição de venda, pro aumento do relacionamento. Da rotina acelerada fora de casa, pra adaptação.
E como em um piscar de olhos, o ano passou assim:
Em 2020…
Assistimos o BBB através dos memes e vimos a tv pautar as discussões do Twitter com a reinvenção do programa com influenciadores (parece que isso foi em outra vida, né?)…
Também acompanhamos marcas grandes e pequenas dependerem do online, pessoas se tornarem comerciais e marcas pessoais. A comunicação interna ganhar força e a preocupação com os funcionários passa a ser cobrada pelo público.
Vimos as lives explodirem e patrocínios terem um novo formato. Assistimos à corrida pela atenção e a cultura do cancelamento. Lemos tendências do mundo pós-pandemia, mas não vimos (ainda) a pandemia terminar.
Acompanhamos as eleições municipais e candidatos jogando Among us, dançamos no Tiktok e ficamos exaustos e exaustas de tanto curso e evento online. Fizemos distanciamento físico e aproximação digital. Viajamos sem sair do lugar.
Participamos de protestos através das redes sociais e no BlackOutTuesday, vimos quadrados pretos tomarem conta das redes sociais. Consumimos Carrosséis de conteúdo no Instagram, Reels e compartilhamos filtros divertidos nos Stories.
Percebemos a importância da curadoria, assinamos newsletters e escutamos podcasts pra ficarmos informados. Notamos o boom do aumento de pessoas virtuais como embaixadoras de marcas.
Assistimos O Dilema das Redes, o boicote de marcas ao Facebook e mais uma vez, a preocupação com a privacidade e os nossos dados. Compramos online e testemunhamos o Instagram virar o novo varejo e os influenciadores os varejistas com a mudança de Layout da rede social.
O ano de 2020 foi tão estranho que até o YouTube cancelou sua retrospectiva…É, 2020 não foi pra amadores, mas a gente é o que a gente aprende em tempos difíceis.
O que será que vem por aí em 2021?
Abraços (virtuais!)
O final de ano foi (e está sendo) de muitas retrospectivas, então leia também:
O texto da Aline Webber: Dezembro chegou…
e da Mary Gabriela: Contagem regressiva para 2021?
Veja também os meus posts de retrospectiva do digital dos anos anteriores: