Retrospectiva do digital em 2019

@tutinicola
Fantástico Mundo RP
4 min readNov 28, 2019

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Somos 149 milhões usuários na internet, 140 milhões nas mídias sociais no Brasil, passamos 9h 29 min na internet e gastamos 3h e 34 min das horas do dia nas redes sociais*.

Em 2019, conhecemos como nossos seguidores eram há 10 anos atrás pelo viral de fotos, “10yearchallenge” e conspiramos sobre reconhecimento facial, privacidade e dados.

Curtimos a foto de um ovo, que com 49,3 milhões de likes se tornou a foto mais curtida do Instagram, que atingiu em janeiro desse ano, 1 bilhão de usuários ativos, com metade da base usuária diária dos Stories.

Acompanhamos ao longo do ano algumas mudanças do Linkedin, que acrescentou serviço de transmissão de vídeo ao vivo, reações para os posts, recurso de eventos…e as diversas atualizações do Instagram: Anúncios de Conteúdo de Marca, que permite aos anunciantes impulsionarem postagens orgânicas dos criadores de conteúdo, Threads: um app de chat com melhores amigos, IGTV que agora permite vídeos na horizontal, músicas nos stories, criação de FILTROS para usuários e marcas e o uso da realidade aumentada como uma poderosa ferramenta para contar histórias e se comunicar.

Vimos marcas vender intimidade através do close friends e pessoas comprarem* e também uma influenciadora com 2 milhões de seguidores não conseguir vender 36 camisetas*.

Deixamos de ser “obrigados a curtir um conteúdo” e refletimos sobre a ocultação dos likes na rede social, que segundo a plataforma, tinha o objetivo de criar um ambiente com menor pressão, onde as pessoas se sentissem confortáveis em se expressar, uma forma de evitar a competição na plataforma. Através de estudo, ficamos sabendo sobre o reflexo disso: a taxa de engajamento da rede social cair.*

Nos surpreendemos com a “chegada” de uma nova rede social, o TikTok, que já ultrapassou 1,5 bilhão de downloads, e se tornou o terceiro programa mais baixado do ano. Testamos e assistimos a conteúdos criados por usuários entre 16 e 24 anos. E do contrário, não nos surpreendemos ao ver o Instagram lançar uma cópia que se “inspira” no aplicativo que está fazendo sucesso, lançando uma ferramenta de edição de vídeo chamada Reels.

Cansamos de ver tanta falta de autenticidade, fotos perfeitas e tantos feeds parecidos pelo Instagram. Vimos a estética dar um pouco de lugar a vida real e as coisas como elas realmente são.*

Nesse ano, vimos o Facebook mudar a sua marca, para diferenciar a empresa (dona do Whatsapp, Instagram, Messenger, Oculus)…do app. E, pela primeira vez, fazer uma campanha de marketing: peças no digital, out-of-home e televisão, com foco nos grupos do Facebook como instrumento para conectar e aproximar pessoas com interesses em comum, já que o lema da plataforma passou a ser “The future is private”.

Concluímos que a rede social virou um depósito de grupos, eventos e anúncios.

E, falando em anúncios, prometer algo que você não pode provar no digital também foi pauta com a Bettina indo de zero a um milhão de memes na internet. A preocupação das marcas passou de ser pela atenção das pessoas, para dar lugar a conquistar a confiança delas*.

2019 foi o ano em que o mobile ultrapassou a tv*, e que 95% das pessoas assistiram a vídeos online considerando o YouTube o lugar preferido para isso*.

Ano em que os apps de mensagem ultrapassaram as redes sociais* e que vimos Black Mirror se tornar realidade na China através do Wechat*. Em que o Telegram ganhou mídia e espaço em nossos celulares e o Snapchat teve 5 minutos de fama novamente com o filtro que transformou todo mundo em criança.

A voz ganhou vez. 60% dos brasileiros já usaram a voz para controlar celulares, para se orientar no trânsito, para fazer buscas na web ou para reproduzir música. E mais de 90% dos brasileiros já mandaram alguma mensagem de voz usando o smartphone*. Também foi o ano em que começamos ou passamos a ter o comportamento de ouvir podcasts: quatro em cada dez internautas brasileiros já ouviram algum programa no formato.

2019 foi o ano em que o conteúdo gerado pelo consumidor se tornou mais importante que o conteúdo de marca e até mais influente do que os próprios influenciadores. Ano em que o Twitter virou o meio de comunicação oficial do governo, e o Brasil, a república dos tuiteiros. Ano em que saber que 80% das pessoas se informam pelas redes sociais, nos explica muita coisa*.

Entramos na era da voz, da confiança, da relevância. O que vem por aí em 2020?

Leia também os posts de retrospectiva dos anos anteriores:

Retrospectiva 2018

Retrospectiva 2017

Retrospectiva 2016

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@tutinicola
Fantástico Mundo RP

Relações Públicas de formação, marketeira e Copywriter. Vivo da minha arte (de escrever) na praia.