faz sentir saudades de quem não fomos
Revolução é fome em prato fundo
Sejamos nós, mulheres, o meteoro no mundo
Me faço de brisa
Espalho conflitos pelos cantos da sala
Poeira mesmo não incomoda ninguém
A morte me ronda a todo segundo
Mal rabisco este verso
E já não sou mais a mesma no mundo
Os anos tecem e ela continha a mesma
Cabelo negro, sorriso de brisa
No porta-retrato, fincou
Dentro de mim, de nós, nossas paisagens não envelhecem
No canto da mulher que fui,
Poeira
No pranto da mulher que fui,
Olheira
No entanto, a mulher que fui,
Partiu
Na poeira da mulher que sou,
A poesia consome os meus dedos
Não há nada que queira fazer mais
Do que um verso recheado de rima e segredo