Lado direito do cérebro de um UX designer

A neurociência por traz de um criativo

Alison Belo
UXPlore Brasil
5 min readApr 8, 2024

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Gerado com IA ∙ 28 de março de 2024 às 9:04 PM

Olá 👋🏽 Alison Belo aqui!

Como vocês sabem eu gosto de estudar e se não sabem olha esse texto aqui

Atualmente mergulho em novos conhecimentos em UX, pois faço pós graduação em User Experience e nela vi que o cérebro dos designers são diferenciados, e o nosso tipo de visão de mundo criativo é cada vez mais aflorada por, também, utilizarem um lado específico do cérebro.

A dicotomia entre os hemisférios cerebrais

O ser humano possui dois hemisférios o esquerdo e o direito

Gerado com IA ∙ 28 de março de 2024 às 9:13 PM

Existe um lado que é associado a habilidades como reconhecimento facial, processamento de música e compreensão de imagens visuais, também desempenha um papel nas funções espaciais e geolocalização, além de estar envolvido em emoções intensas e até agressividade, que é o lado direito

Além disso, acredita-se que pessoas com esse hemisfério mais elevado, sejam mais criativas e artísticas, logo a gente que é UX tem algumas vantagens.

Só que, me usando de exemplo, eu não possuo dominância do meu lado direito do cérebro, então o meu ponto forte apresenta habilidades analíticas, ou seja eu tenho o hemisfério esquerdo mais influente.

Falando nisso, ele também é responsável por processar a fala e a escrita, realizar cálculos matemáticos precisos e recuperar fatos da memória

É válido lembrar que, embora cada hemisfério tenha suas especificidades, ambos trabalham e se comunicam através do corpus callosum, que assegura que o cérebro funcione de maneira eficiente como um todo.

A Conexão entre os Hemisférios

Se os lados do cérebro trabalham juntos e são necessários para realizar uma ampla gama de atividades, sejam elas para usar o Figma ou o Excel, é importante equilibrá-los usando suas memorias disponíveis no momento da geração de ideias para se fixar em contextos realistas e a imaginação mais fantasiosa para se desprender de contextos logicos e fechados.

“A criatividade é muito complexa, envolve diferentes habilidades e áreas do cérebro. Um músico, por exemplo, certamente usa o lóbulo frontal para gerar emoção por meio de uma canção, mas precisa também dominar a técnica da linguagem musical, que é matemática, lógica. Ser criativo, então, sempre envolve conectar os dois hemisférios, reforçando redes neurais que fazem a ponte entre um lado e outro”.
JOKURA, Tiago. Divisão de trabalho na cabeça: O que cada lado do cérebro faz? 2019.

Com base nos estudos vi que a conexão entre os dois hemisférios pode melhorar o processo criativo e é capaz de ser acessada por todas as pessoas que desejam ter o poder da criatividade agindo nos seus neurônios.

Nota do Alison
Criatividade é “sair fora da caixa”.
Não concordo 100% com essa frase, pois se a solução para os problemas precisa acessar parte da memória de seus aprendizados, a resposta mais assertiva é você encher a sua própria caixa, pois como diz Murilo Gun “ser criativo é ter combinatividade” onde uma experiência combinada com outra faz você gerar uma terceira ideia, se tornando assim, um criativo.

Como saber que possuo uma mentalidade criativa?

Usando o mesmo exemplo dado no meu curso, imagine uma pessoa que acabou de acordar e precisa levantar e calçar um chinelo para sair da cama. O chão está muito gelado e estamos no ápice do inverno, mas o calçado está fora de seu alcance e essa pessoa tem disponível uma mesa de cabeceira com muitos papéis e em sua cama, um lençol sobrando, o que você faria?

GIF de viaductk do Pixabay

Se sua resposta envolveu colocar os papéis no chão para vc pisar até alcançar o chinelo isso significa que é criativo, mas se usou o lençol …

Significa que você também é criativo, mas terá que colocar a roupa de cama no cesto pra lavar.

Se vc pensou em algo diferente pra conseguir pegar o chinelo, escreve aqui e vamos manter uma conversa.

Nota do Alison
Não existem pessoas sem criatividade, mas existem pessoas que dizem não ser criativas e é um grande erro

No processo criativo há muitos fatores envolvidos, segundo Morin a criatividade ultrapassa o reducionismo e o “holismo” e reconhece a circularidade entre as partes e o todo, isso quer dizer que sob uma análise prévia do indivíduo nessa situação, o resultado foi obtido com êxito porque ele olhou o papel ou o lençol e ignorou sua função original, olhou para o todo, acessou memórias pra entender o que ele já usou e deu certo, fez associações lógicas e resolveu criar uma solução para o seu problema de não pisar no chão gelado no inverno.

Mas o cérebro por querer economizar energia, uma vez que ele gasta cerca de 25 % de tudo que a gente gera, acaba usando os caminhos de pensamento mais econômicos, logo a ideia de colocar o papel ou o lençol no chão e pisar em cima não causou perda de energia desnecessária se esse tipo de situação já tiver registrada na sua memória.

Estratégias para estimular a mentalidade criativa e burlar a economia de energia

Uma mentalidade criativa envolve estar disposto a explorar novas ideias, experimentar soluções não convencionais e buscar métodos para solucionar assuntos que vão desde os mais simples, até aqueles mais complexos, como o desenvolvimento de produtos, por exemplo, não devemos utilizar apenas o nosso cérebro para tomar decisões criativas, pois esse tipo de criação exige mais poder de processamento do cérebro e ele não quer ser utilizado já sabendo que irá gastar.

E mesmo achando que a criatividade é algo complexo, Edgar Morin nos diz que devemos incluir um método para lidar com a complexidade, logo cada indivíduo precisa saber o que funciona para ele a fim de se tornar mais criativo.

Para isso participar de sessões de brainstorming, usar SCAMPER, criar mapas mentais, usar lean ou a abordagem do design thinking ou outras metodologias são ideais para nos fazer trabalhar com menos energia e fazer o cérebro gerar muitas ideias ao mesmo tempo.

Integrando Ciência e Criatividade

Aqui, exploramos a intersecção entre a neurociência e a criatividade, destacando como os fundamentos neurocientíficos podem enriquecer nosso processo criativo e consequentemente nos melhorar como designers de experiência do usuário.

Pois a compreensão dos dois hemisférios cerebrais. para entender o que há. por trás do pensamento criativo nos permite adotar uma abordagem mais holística e eficaz na resolução de problemas.

Portanto, ao abraçar a interdisciplinaridade enchendo a nossa caixinha da memória com experiências e estudos e indo explorar a criatividade fora da caixinha, podemos impulsionar a inovação e solucionar quaisquer desafios.

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Alison Belo
UXPlore Brasil

Sou UX Designer com formação em Marketing, com quase 3 pós graduações e pronto para ensinar e aprender muito mais.