De Designer Gráfico a Product Designer — Amanda Damasceno

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7 min readMay 15, 2019

Nessa entrevista, conversamos com a Amanda Damasceno, aluna do nosso Bootcamp Master Interface Design (MID). Ela nos contou que o sentimento de estagnação e a falta de perspectivas de crescimento na área de Design Gráfico a motivaram a migrar para UX/UI Design.

Além disso, ela compartilha conosco como foi esse processo de mudança de área até o momento que ela conseguiu sua primeira oportunidade como Product Designer. Confira.

Caso você prefira assistir essa entrevista no YouTube:

Amanda, conta para a gente um pouco da sua trajetória até conseguir migrar para UX.

Eu me formei em 2014, em Design Gráfico. E sempre atuei nessa área gráfica, com editorial editorial, publicidade, campanhas, e eu nunca me interessei muito pela área digital.

Eu descobri o curso Master Interface Design (MID), acabei entrando e hoje eu consegui meu primeiro emprego oficialmente na área. Eu sou originalmente de Recife e, apesar daqui a área de UX ser muito menor que em São Paulo, ainda assim tem muitas empresas e oportunidades na área digital.

Como era a sua rotina quando você trabalhava com Design Gráfico?

Era boa! Eu sempre gostei muito do que eu fazia. Mas, comparado com o UX, eu sinto que hoje eu trabalho mais com a parte estratégica do negócio. Até entramos um pouco na questão do usuário na hora da campanha, mas é muito menos e essa foi uma grande diferença que eu senti.

A vida em agência, era a correria. Eu trabalhava com uma marca editorial, mas o que eu senti foi sempre isso: era muito mais mão na massa do que estratégico e eu estava me sentindo estagnada, como se a área estivesse parada. Foi o que me fez querer mudar para UX Design, na realidade.

Sketches do projeto Guia Bolso do portfólio da Amanda

Qual foi o grande desafio dessa mudança? Como você está sentindo agora?

O que eu estou sentindo é que a gente trabalha muito mais com a parte estratégica, no sentido de pesquisa e de falar com as pessoas. Eu sempre trabalhei com meu fone de ouvido no computador, e hoje em dia não. Eu estou há duas semanas na empresa Fast Soluções Tecnológicas, em Recife, e não parei uma hora para ouvir música, porque estou pensando toda hora. Essa é grande diferença de ter que falar com as pessoas, de ter que se comunicar mais com os outros setores.

Uma parte que eu sinto grande dificuldade é a parte técnica, na hora da apuração, porque é bem diferente a resolução de pixel, a densidade de tela e nessa parte eu fiquei um pouco confusa no começo.

Boa comunicação é uma soft skill muito importante na área de UX. Conheça outras nesse artigo.

Nos conte como está sendo até o momento na Fast Soluções Tecnológicas.

Lá nós temos produtos próprios. É uma fábrica de software e também presta consultoria em tecnologia e inovação. Atualmente, eu estou alocada em um projeto próprio, de gerenciamento de tarefas, horário e um pouco da parte financeira também, sendo responsável pelo design, features novas, entre outros.

E como foi para conseguir essa sua primeira oportunidade em UX Design?

Eu estava há quase dois anos numa empresa de editorial, onde eu fazia catálogos de revenda e cosmética. Nisso, veio o Bootcamp Master Design Interface (MID), que apareceu de uma forma muito louca — um amigo meu comentou enquanto estávamos em um almoço. Eu falei para ele que estava me sentindo estagnada no meu trabalho e ele disse que a área de UX estava com muitas oportunidades. E dai ele me apresentou o MID.

Geralmente, eu penso muito antes de comprar qualquer coisa, mas dessa vez, em uma semana eu já tinha me inscrito. Eu comecei a fazer o Bootcamp, em julho de 2017, e três meses depois, eu já entrei em uma startup de detecção digital de doenças. Não entrei na área de UX, mas eu tenho certeza que o curso agregou para essa mudança, porque mesmo tendo entrado na parte de marketing, ainda pude fazer dois sites enquanto estava lá.

Depois que eu saí de lá, e foquei em estudar. Foi nesse período que comecei a fazer os trabalhos do curso e me empenhar mais, assim como fazer alguns projetos pessoais.

Nesse meu último processo seletivo para a atual vaga que estou, começaram com o teste, na verdade — me pediram para fazer um redesign de uma tela em três horas. Depois de alguns dias foi chamada para a entrevista, que foi ótima, e logo depois me convidaram para iniciar.

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Então, lá só tinha um Designer, anteriormente. Agora, eu sou a segunda. Tem alguns outros, mas eles são mais voltados ao cliente. Esse Designer tem bastante experiência, então ele acaba sendo meu mentor, apesar de não ser meu supervisor.

É muito bom ter uma pessoa que entenda, na qual eu posso me inspirar. Até com o desenvolvedor, que fica na mesma sala, toda conversa é um grande aprendizado, especialmente porque eu sinto que é preciso trabalharmos juntos para entendermos e desenvolver um projeto melhor para o usuário.

Eu cheguei a fazer uma entrevista antes dessa empresa, mas era para trabalhar sozinha como Designer. Eu não me sentia pronta ainda e ter uma pessoa trabalhando comigo era exatamente o que eu queria, alguém para ir caminhando comigo.

UI final do projeto Guia Bolso da Amanda

Nos conte como foi para você criar seu portfólio de UX Design.

É incrível que no curso, no nível 0, vocês falam para a gente fazer uma versão de alguns sites, como o estudo de caso da Wikipedia, e realmente é uma humilhação olhar agora, porque era horrível, rs. Eu olho meus trabalhos antigos e fica claro o quanto eu evolui desde que comecei.

É um novo mundo, são outras diretrizes, outro pensamento. Eu comecei a fazer os trabalhos do curso e, como vocês falam “coloca o processo e descreve o máximo possível”. Já que em UX o que importa mais é como você chegou aquela solução do problema do usuário, e não simplesmente o design final. Essa é a melhor forma de mostrar para as empresas como você pensa e que você é capaz de entrega um design que funciona.

Estudo de Caso Wikipedia- nível 2 Bootcamp MID — Amanda Damasceno

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Qual o conselho que você daria para quem está buscando atuar como UX Designer?

Eu acho que ninguém precisa de um curso, necessariamente. Atualmente, você consegue aprender pela internet, o que importa de conteúdo. Mas, para mim, no caso, foi diferente. Com o curso, você tem uma mentoria, alguém que vem te guiando pelo caminho certo.

A mentoria de vocês fez toda a diferença para mim. É muito importante receber feedbacks do que estou fazendo certo ou errado, e como posso melhorar. As entrevistas com os profissionais que vocês fazem aqui também achei muito importante. Abriu muito minha mente.

O mais importante é aquela pessoa te levando para o caminho certo. Na internet, você pode ficar muito perdido, sem saber para onde ir. Mas com o curso, você tem muito direcionamento e realmente abre a cabeça para outro mundo, porque é realmente bastante coisa.

Estudo de Caso Wikipedia — nível 2 Bootcamp MID — Amanda Damasceno

E quais são seus planos para o futuro?

Quero deixar de ser júnior, rs. Quero aprender muito e passar mais tempo na empresa que eu estou para realmente aprender e desenvolver minhas habilidades.

Qual é o seu conselho para quem quer migrar para o UX?

A dica que eu dou é que se você puder, faça o Bootcamp Master Interface Design. Você pode estudar sem, mas é um direcionamento ótimo que você recebe.

Além disso, leia muito, toda hora — sobre UX/UI e outros assuntos — faça sempre projetos e tente sempre descrevê-los ao máximo para desenvolver seu portfólio.

Confira outras entrevistas dos alunos do Bootcamp Master Interface Design que migraram para UX/UI Design em nosso canal do Youtube: bit.ly/entrevistas-alunos-mid.

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