Migrando do Design Gráfico para UI e UX — 5 Dicas.
Esse artigo é baseado no episódio do Aelacast em que Felipe Melo (@felipemeloart) e Jônatas Vieira (@jonsvl) conversaram com convidados especiais sobre o processo de migração do Design Gráfico para área de UI e UX.
Será que vale a pena dar esse passo na carreira? Será que é muito complicado?
Felipe Perobeli (@fperobeli), Apparicio Junior e Filipe Marques compartilharam com a gente suas opiniões e histórias. Escute o bate-papo completo de quem já passou por esse processo.
Como começar? 5 dicas pra você se sair bem no processo de migrar do Design Gráfico para UX/UI Design
Muitas pessoas gostariam de voltar ao tempo para dar conselhos a si mesmas em relação a atitudes que poderiam ser tomadas no passado, a fim de melhorar o futuro. Pensando nisso, os convidados do Aelacast deixaram algumas dicas para quem está começando. Confira:
1. Portfólio e Linkedin
Atualmente é possível perceber mudanças nos processos de recrutamento na área de Product Design. O que importa mesmo é seu portfólio, muito mais que sua formação (na maioria das vezes, como temos visto por nossas experiências pessoais). Por isso, mantenha sempre um portfolio atualizado e alinhado com sua pretensão, ou seja, se você deseja migrar para UX, não adianta ter um portfolio somente com projetos de Design Gráfico.
É necessário criar algo de muita qualidade e profissional. Para isso, recomendamos a leitura de um outro artigo nosso com 6 dicas para fazer um portfólio de sucesso. Leia-o aqui!
Já, a melhor plataforma para se integrar e mostrar suas habilidades é o Linkedin. Já que é uma rede social voltada para assuntos profissionais, onde você deve expor seu portfólio, criar um Networking e ficar por dentro de novidades na área de Design.
O seu LinkedIn está gerando grandes oportunidades para você como Designer? Leia nosso artigo Linkedin para Designers ou escute nosso podcast e confira dicas essenciais para otimizar seu perfil.
2. Busque conhecimento
A tecnologia evolui mais rápido que as grades curriculares nas faculdades; por isso busque conhecimento extra e esteja atualizado com tudo que há de novo no mercado de tecnologia, design e outros assuntos diversos.
Outra dica, é ler muitos livros sobre interação tecnológica, user experience, psicologia comportamental, bases teóricas, etc. Algumas indicações:
Não deixe de conferir as 5 dicas de livros essenciais para quem deseja começar em UX. Essa é a lista do Jon Vieira e essa é a lista do Felipe Guimarães.
Portanto, a pessoa que deseja migrar de uma área para outra precisa dedicar-se muito. Adquirir conhecimento, estudar, fazer cursos e principalmente realizar projetos na prática; tanto para testar seus conhecimentos, quanto para mostrar resultados, etapas e pesquisas no portfólio.
3. Se arrisque
Arrisque mais no mercado de trabalho. Esteja aberto a oportunidades mesmo que não aparentem ser relevantes ou totalmente voltadas para sua área; qualquer oportunidade de se adicionar conhecimento te fará um profissional melhor e te capacitará para se comunicar com outros profissionais.
Dica de artigo: 10 razões para afirmar que UX Design é a melhor profissão do mundo
4. Vá além!
Participe de eventos, Meetups, atividades extracurriculares na faculdade e cursos que vão além das matérias estudadas. Isso contribui para o autoconhecimento, que é fundamental para o autodesenvolvimento; por isso experimente estudar um pouco sobre diferentes áreas. Assim, fica mais fácil decidir qual caminho seguir, já que a área de UX/UI Design tem diversas possibilidades.
Dica de artigo: Business Design: Por que é importante saber sobre negócios?
5. Cuidado com as matérias “legais”
Na faculdade, ou cursos, é comum voltar sua atenção e dedicação apenas para matérias “legais”, práticas ou que têm um foco mais estético. Porém, as matérias teóricas, como: psicologia, sociologia, história da arte, negócio, etc; contribuem muito para agregar conhecimento e práticas na hora de realizar projetos.
Dica de artigo: 3 habilidades cruciais para se tornar um melhor Design.
Polêmica: Designers precisam programar?
Um assunto que gera controvérsia na hora da migração é a questão de código. Há cargos em que é preciso auxiliar ou “quebrar um galho” na parte do código, mesmo tendo a especialidade em Interface. Porém, há empresas que exigem que você faça um pouco de tudo — logo, design do site, desenho, desenvolvimento — por um salário baixo muitas vezes. Isso pode ser problemático, pois desvaloriza o profissional da área de UX.
A pergunta que não quer calar: Designer de Interface precisa saber programação? Leia nosso artigo e entenda mais sobre o assunto.
É interessante saber identificar essas vagas, mas também pensar que quanto mais conhecimento melhor para agregar valor ao seu currículo.
Muitas empresas valorizam o conhecimento de programação por saber que esse tipo de profissional terá melhor capacidade de se comunicar e interagir com outras áreas da empresa, como com desenvolvedores; e não que irá efetivamente colocar a mão na massa e programar.
Para se tornar um UX/UI Designer mais qualificado e cada vez mais reconhecido, é importante diferenciar seu currículo da multidão. Empresas estão cada vez mais em busca de profissionais com skills técnicas e comportamentais vastas, além de um repertório cultural expandido. Assim, conhecer programação, business, psicologia, marketing só irá contribuir para suas experiências e reconhecimento.
Design e UX estão sendo cada vez mais valorizados pelas empresas. Você sabe o motivo? Leia aqui.
Futuro do Design
A área de Design está se fragmentando cada vez mais e abrindo novos caminhos com tecnologias inovadoras. É possível que em alguns anos os nomes mudem de novo e outras áreas surjam de acordo com as necessidades dos usuários.
Uma grande tendência é a interface por meio de comando de voz, inteligência artificial que estão muito relacionados com a user experience e com certeza são grandes apostas para o futuro, já que essa tecnologia tem tomado cada vez mais espaço.
Leia nossos artigo sobre o Futuro do Designer de Interface e Tendências tecnológicas e impactos do Design para os próximos anos.
O futuro pode ser incerto, mas o segredo é manter-se informado, atualizado e sempre praticar o conhecimento adquirido.
Vale a pena migrar do Design gráfico para o Design de Interface?
O Design de Interface está muito mais presente no mercado atual e tem se expandido cada vez mais. Principalmente ao analisar o cenário internacional de Interface, é o que há!
Mas, é claro que o Design gráfico ainda possui espaço, e se a pessoa opta por seguir esse caminho, terá espaço no mercado.
O importante é você encontrar o que gostar e seguir sua paixão.
Confira diversas entrevistas com alunos do Bootcamp Master Interface Design que migraram para UX Design em nosso canal do Youtube: bit.ly/entrevistas-alunos-mid.