Sessão 02
Malditas Verdades
Trilha aconselhada para leitura
Jogador que interpreta Niklas não está presente nesta sessão
A cena tem prosseguimento logo após a marcante frase de Niklas “ Não vamos foder nosso esquema com Otto”. O telefone dele toca, indicando a chegada de um SMS de Otto. Ele arremessa o celular em cima da mesa para que todos vejam
“Goemannstrabe 14, 10119 em meia hora. Venha arrumado. É importante”
Niklas não gostaria de sair, mas será preciso. Deixa no olhar a tensão de não saber o que lhe espera. Se arruma, coloca uma camiseta preta, um casaco, limpa a bota e vai ao encontro do ancião Otto. O único aliado que possuem.
Prisioneiro
Após momentos de silêncio. Todos decidem de forma unanime ir ver o prisioneiro. Então, saem da antiga ala administrativa e seguem à parte médica, no lugar onde o homem foi feito cativo. Jörg possui a chave de entrada para seu cômodo. Hassan se sente incomodado com o nível de sujeira e descaso: O prisioneiro precisa de cuidados e acomodações melhores.
Jörg com algum tato, decide cuidar da sua aparência, cortando cabelo e barba, ao menos superficialmente. O prisioneiro está quebrado, trêmulo, perdeu cerca de dez quilos desde que está preso (há uns três meses). Katharina encontra uma foto que mexe com o ânimo do prisioneiro, mostra calma e tranquilidade, acalmando o mesmo e ele responde quem são na foto:
Seu irmão Valentin, Noah e Sophia, seus filhos.
Hassan decide tirá-lo daqui e levá-lo para um quarto melhor, inclusive fala com um dos seguranças para que ele providencie comida, lençóis e outras necessidades. Afinal, se ele é uma peça importante, precisa ser melhor tratado.
Antes de ser levado, ele pega uma foto que parece mexer com seus sentimentos. Uma foto velha, com três pessoas demarcadas. Jörg o leva para a nova sala e conversa um pouco com o prisioneiro. Ele informa sua vida: Seu nome é Jonah Krämer, possui um filho de 8 anos, Noah, e uma menina de 6 chamada Ruth. O seu irmão Valentin é a pessoa mais importante da sua vida. Ele alega haver algum engano, ele não tem motivo algum pra ser raptado, não possui grana nenhuma. Inclusive diz que está falido depois da morte da sua esposa Sophie, que teve um câncer arrasador.
Sobre a foto marcada, ele diz que quem pegou essa foto sabe que ela é importante, é de um dia especial quando as crianças saíram em excursão com Emilia, sua prima e segunda mãe para os garotos.
Por fim, Jörg aplica os sedativos e deixa o homem dormir.
Seguranças
Como já estava nos planos, após ver tudo isso, exceto o término da conversa, Hayk decide ir sondar o segurança. É de seu plano levantar a ficha dos homens que estão trabalhando para Grigori e saber se eles são confiáveis ou não.
Ele encontra Don quase dormindo enquanto olhava as câmeras. Pega sua carteira que está próxima, descobre nome completo e números de documento, descobre também que o homem é um pesado usuário de cocaína. Por fim, mexe no seu celular bloqueado, mas vê que ele tem ignorado mais de 30 ligações da mesma pessoa.
a noite se encerra, todos dormem e os seguranças são trocados
Hayk continua em sua empreitada de investigação, procura e encontra os outros dois seguranças, Imar e Maltêz, do lado de fora, há uns 200 metros da construção, fumando, ouvindo um som do carro que está com a porta aberta, um papo sem compromisso. Coberto pelo manto da ofuscação, Hayk se aproxima e ouve a conversa.
Tudo começa de forma despretensiosa: homens se gabando de suas ações, princialmente falando de armas e mulheres. Maltêz é mais velho e mais baixo, porém mais experiente. Imar é mais novo, junto com Don, são sobrinhos de Grigori. A conversa vai tomando um tom mais sério…
Maltêz diz à Imar que sabe que Don, seu primo, tá com problemas, que talvez ele seja um rato (cagueta do crime que fala algo para a polícia). Os dois começam a se desentender. Hayk conecta que isso pode ter a ver com os vários telefonemas ignorados. Por fim, trocam farpas, ameaças e terminam se agredindo seriamente.
Imar mexe com o psicológico de Maltêz ao falar da sua famílias, fazendo-o avançar e tomar um atraso (se fuder). Pois além de apanhar é humilhado: Imar o derrota com potentes socos, depois atira ao lado da sua cabeça e urina sob seu corpo cansado. Hayk assiste tudo isso, imóvel, espera Maltêz se levantar e ir embora, era o fim do seu turno e então segue Imar para conversar.
Mesmo contra todas as possibilidades, ele consegue puxar um papo com o homem raivoso. Hassan chega a final, acalma Imar com seu carisma sobrenatural e acaba ganhando um aliado.
Por fim, todos se reúnem novamente: Jörg discute as ultimas coisas que o prisioneiro falou, cada um aponta seus pontos e decidem que precisam descobrir mais sobre o prisioneiro, com o intuito de estrarem um passo à frente de Otto nessa corrida. Pois, como sabem da similaridade do prisioneiro com o antigo Príncipe Wilhelm, possivelmente, todos vão morrer quando Otto conseguir o que quer. Ainda mais porque eles sabem que Wilhelm realmente morreu.
Cada um deles possuem assuntos pessoais à serem resolvidos, mas Hayk fica encarregado de conseguir dados e informações sobre o prisioneiro. Tudo que for possível, para criar um dossiê de segurança/contenção: uma carta que ao ser trazida ao jogo, permita que Otto evite matá-los com medo da notícia se espalhar
Katharina
Decide sair para caçar, sua besta pede por sangue. Roda com sua moto por Kopenik em busca de um alvo. Não muito distante dali, encontra um homem que caminha solitário por uma pequena passarela em meio a um dos muitos bolsões verdes do bairro. Ele anda com a cabeça no mundo da lua.
Ela o assiste por algum tempo, ele olha muito no celular, parece perdido. Enfim, no momento exato, ela estaciona a sua moto e prepara o bote: assim que termina de atravessar a passarela, Katharina o empurra-o numa ribanceira abaixo. Caindo e rolando como um saco de batatas, não há mínima resistência enquanto ele implora por sua vida. A vampira soca-o algumas vezes antes de beber do seu sangue, vazio, sem ressonância importante. Quase tão ruim quanto comer uma comida fria e sem sal.
Porém na hora de deixá-lo o celular da presa toca: recebeu mais mensagens. Ainda estava desbloqueado e Katharina decide olhar. O homem estava no mundo da luta devido a mensagem que acabou de receber: você será pai de um menino.
Ela o deixa e vai embora.
Jörg
Pega o metrô, segue até Treptow onde se encontra a antiga e tradicional igreja católica que serve de hospital/hospício para Nina, sua irmã com sérios danos mentais após ter presenciado a alimentação bestial de Jörg pós abraço.
Sem dificuldade alguma, coberto pelo manto sobrenatural, o vampiro entra e a encontra sentada num canto, rabiscando com giz de cera e em folhas em branco. Ela desenha em várias folhas sobre um monstro que lhe atormenta. Não demora e Jörg capta que esse monstro é Herr Artz, seu progenitor.
Ele a acalma, mas sua besta pede por retratação. Ninguém tem o direito de fazer mal a Nina, nem mesmo alguém tão importante como aquele que o escolheu.
Jörg sai daqui rumo ao seu refúgio, uma casa funerária em desuso em um prédio que há muito está para alugar. Aqui faz sua arte com cadáveres e ossos. Ele deixa uma mensagem para Artz, virando a placa de aberto ou fechado. Cerca de pouco mais de duas horas seu genitor se encontra aqui.
Jörg discute o que Artz quer com Nina e ele explica que, Nina é uma perda de tempo. Um empecilho que trava a sua evolução. Jörg defende que ele tem direito sobre suas escolhas e não-vida, mas é rebatido pelo seu genitor que diz o contrário: o sangue que lhe foi dado tem um motivo, uma missão e ela vem antes de todo o resto.
Eles terminam sob o clima tenso, quando Artz diz que matará Nina mais cedo ou mais tarde… Jörg precisa se livrar desta âncora. Por sua vez, sob muito esforço, sua besta é contida para não atacar seu genitor. Mas após ele ir embora, usa sua raiva e fúria para destruir suas criações e bagunçar seu ateliê.
Hassan
Após receber várias mensagens e ligações de Dora, sua principal “aluna” entre os pichadores que coordena. Eles se encontram na típica e famosa caixa d’água, muitos que estão ali endeusam a imagem de Hassan e farão tudo por ele.
Dora (Feodora) se apresenta, diz que todos estão prontos para atacar a 72º Delegacia de Polícia de Berlim, uma delegacia conhecida por abusos e denúncias de excesso de força contra imigrantes. Picha-lo será um grande ato para sua militância.
Após isso, Dora lhe apresenta Murad, um jovem extremamente inexperiente na vida delinquente e no próprio picho, mas com muita atitude e raiva contida. Hassan gosta do garoto, conversa com ele e entende que há o que ser lapidado. Sua habilidade física é medonha, incluindo seu picho, mas compensa demais com atitude. Então, Hassan entrega uma lata para ele e pede que piche o que sente. De forma tosca ele deixa uma mensagem que é de uma das suas letras de rap: “eu vou fuder suas putas”. Agressividade contida e pronta a sair… Exatamente o que o vampiro quer de seus seguidores.
Após isso, Hassan os leva para mostrar as mazelas que os imigrantes vivem em Berlim: Encontram torcedores de time turco recebendo uma batida policial sem qualquer necessidade. Instiga em seu seguidores àrevolta e rebeldia, somente depois partindo para a o 72ºDP.
Lá, lidera ação e seus alunos fazem exatamente o que ele manda. Pichando pesadas frases ofensivas nas paredes, nos carros e outros. Um policial tenta agir, mas é repelido pela força de Hassan. Por fim, o próprio vampiro tem seu momento e no topo do prédio deixa uma marca, uma mensagem em graffiti convocando novos seguidores, novos Membros, que queiram fazer a diferença e lutar por espaço em Berlim
Hayk
Ele sai à procura de um carro da polícia rodoviária federal. Encontra um há alguns quilômetros abaixo do refúgio, perto do estádio de Kopenik. Ele atrai o policial para fora e coberto pelo ofuscação, acerta o mesmo, descordando-o. Arrasta o corpo, usa sua digital e desbloqueia o computador do carro, usando-o para levantar a ficha do prisioneiro.
Ele confirma todos os nomes que já sabia, mas vai além. Jonah é de Potsdam (30 minutos de carro de Berlim), possui uma pequena fazenda lá. Seus pais morreram há uns 5 anos. Possui dividas de custo hospitalar e hipoteca da casa. Sua esposa morreu de câncer há uns dois anos. Sua prima Emília é professora do jardim de infância (ainda trabalhando) e fez de tudo para a polícia de Postdam encontrar Jonah, desaparecido há uns 100 dias, mas tudo permanece local, sem envolver fronteiras ou polícia federal. Ela chegou a falar com dois blogueiros locais.
Valentim foi detido por uma noite há duas semanas por bebedeira e confusão.
A família Krämer é uma família absolutamente normal. Jonah é tão ordinário que nem foi preciso esforço de Otto para apagá-lo do sistema, ou da rede.
Aproveitando que está no carro e com acesso, Hayk procura algo sobre o tiroteio que sobreviveram enquanto fugiam de Olga. Mas, incrivelmente não há nada, entendendo que se quiser saber algo, precisará ir lá, ao estilo old school.
Katharina
Ela decide se encontrar com Victor, o Sgt. de Armas da gangue de motoqueiros que ela possui certa amizade. O homem é responsável de manter os olhos sob Emma, impedindo não só que ela não se ponha em perigo, mas que ninguém se aproxime dela.
A vampira o encontra em um pequeno cassino que funciona abaixo de um restaurante de classe média. Ela entra e conversa com o homem no balcão.
Victor diz que tem sido difícil, pois Emma é esguia e sabe que não vão agir com violência, então tem fugido quase sempre. Além disso, ela está gostando de alguém e parece que é verdadeiro. Victor puxou a ficha do cara: Lukas Schmaus, tudo indica que é limpo, não possui nenhum antecedente criminal.
Tomada de ciúmes, Katharina ameaça Victor e o compele-o a acabar com Lukas, matando-o e fazendo parecer que foi um acidente. Para então, depois disso consolar Emma, é o que acredita que acontecerá.
Ela sabe que será feito, mas isso custará ficar um bom tempo sem pedir novos favores para eles.
Após esse encontro ela decide caçar novamente, em busca de sangue com ressonância e cheio de ecstasy, seu sabor predileto. Nos arredores de Treptow, em uma pequena rave (já no final) em um dos muitos bosques encontra uma jovem já debilitada pelo álcool e drogas. O sabor inebriante quase a faz passar da conta e beber mais do que o devido. Deixa o saco quase vazio pra trás…
Encontro
Após uma noite movimentada, todos se encontram na entrada da rua de terra que leva para o velho hospital, o refúgio. Apenas a luz fraca do post ilumina-os de forma parca. Hayk sentado sobre a cancela de ferro que fecha a entrada. Katharina apoiada em sua moto. Jörg e Hassan em pé. Ouvindo…
Então Hayk divide com todos o que descobriu no carro da polícia. Decidem que precisam de ainda mais provas, precisam ir até a casa do Jonah, saber mais sobre a vida dele e ter documentos, montar um dossiê que possam entregar para alguém como um plano de contenção. Qualquer coisa que lhes dê alguma vantagem sobre a manipulação de Otto.
Todavia já são quatro da manhã, é verão e o dia nasce cedo. Ir a Potsdam seria arriscado, precisariam procurar um refúgio para quatro vampiros e com pouco tempo hábil. Decidem juntar contatos e ligarem para alguém que possa ajudar. Katharina fala alguns nomes, Hayk junta com outros e cerca de cinco da manhã possuem o contato de um policial corrupto que se envolveu com pedofilia anos atrás e agora tá fodido, sendo manipulado para não pegar cadeia. Hayk pede que ele vá até o endereço da morada de Jonah, ver se está tudo bem por lá, sondando o lugar.
O Climax
O que parecia ser algo simples se escalona muito rápido. O simples policial manipulado ergue da cama e vai até o lugar às 5 da manhã. É seu dia de folga.
Ele descreve a chegada na pequena fazenda: a estrada, o campo, os silos, o galpão, os tratores e a casa antiga. Entra na casa, acha porta retratos que afirmam que esta é mesmo a casa dos Krëmer.
Até aí tudo bem… Então tudo muda completamente quando o policial informa à Hayk que há dois corpos recém mortos no porão da casa. Uma mulher e um garoto de uns 8–9 anos.
Os parceiros de Hayk que já estavam preparados para irem dormir, ficam tensos, sabem que não poderão fazer nada. Hayk sabe que daqui há doze horas tudo pode mudar e nunca conseguirá ter mais provas e evidências sobre o corpo. Então, numa medida extrema, conscientiza o policial de sua importância, fecha os olhos e pede que o mesmo dê o máximo de detalhes sobre a cena, para que ele monte-a em sua mente.
Sob ordens de calma o policial sai melhor que a encomenda. Hayk começa a ouvir e vai chegando às seguintes conclusões: Foram dois assassinos, viram Emilia e Noah na cozinha, de pijama, acharam que estavam sozinhos. Emboscaram e os arrastaram para o porão com brutalidade. Há cena de luta, não usaram silenciadores, atiraram perto demais, não eram experientes, nessa altura possuem sangue e pólvora nas mãos. Atiraram tão perto que a bala deve ter atravessado e fixado no chão.
Os assassinos não sabiam que Sophia e Valentin estavam em casa possivelmente, pois o policial acha rastro que indicam que eles viram a execução e correram pelo campo.
Então o policial se desespera ao dizer que ouviu sons de carro lá fora. Hayk manda-o se esconder e que tente descrever como é a pessoa. Ele diz que parece um homem, todo de preto, usa balaclava, lucas e óculos escuro.
Do outro lado, Hayk vê o tempo passar, já são 7 da manhã e o sol nasceu. Seus companheiros de coterie se encolheram. Ele se mantém acordado e manda o policial sair dali. De forma ofegante e desesperadora ele correr com celular ainda ligado… Quando um disparo e o barulho de uma queda é ouvida. O policia fora atingido.
Sons de passos em direção ao telefone. O matador coloca o celular no ouvido. Dos dois lados não há respiração… mas é de dia? Como isso pode ser verdade? Então o assassino do policial desliga e Hayk é obrigado a se recolher ao sono diurno.
E então, que consequências isso trará para o jogo? Será que a policia federal se envolverá? Será que isso pode cair nas mãos da Segunda Inquisição? E o que será que Niklas presenciou e se envolveu enquanto está fora?
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