Mapinguaris: A faceta implacável da Natureza Selvagem.

Novos Kiths Changelings Amazônicos

Brasil In The Darkness
Brasil na escuridão

--

Versão em Português-BR | Versión en Español

Por Alex Pina, Jessele Damasceno & Porakê Martins

Art by Keoma Calandrini

“♪♫… Resgate suas forças
E se sinta bem
Rompendo a sombra
Da própria loucura
Cuide de quem
Corre do seu lado
E quem te quer bem
Essa é a coisa mais pura… ♪♫”

A mesma natureza bela e encantadora que fascina os visitantes nas regiões selvagens da América do Sul, e se personifica nos volúveis Karuanas, também possui uma faceta aterradora e implacável. Desde tempos imemoráveis quando os caçadores e nômades da floresta acampavam em meio à mata fechada durante uma das frequentes tempestades que caem sobre a região, podiam ouvir, na escuridão da noite, os troncos das grandes árvores partindo com a força dos ventos e os sons dos animais desesperados em fuga de seus refúgios nelas.

Apavorados, eles clamavam aos espíritos que não fossem alvo da fúria e do poder destrutivo da natureza. O mesmo lhes restava fazer diante do poder da pororoca, que varre as árvores imponentes e arranca imensos torrões de terra nas margens dos rios da região; das impressionantes trombas d’água que se formavam sobre as águas destes mesmos rios, lançando peixes desorientados para o alto; dos incêndios naturais nos campos cerrados, que deixam para trás seu rastro de destruição; do estrondo ensurdecedor dos trovões; e dos predadores selvagens que espreitam nas sombras.

Os Mapinguaris são os herdeiros dos sonhos e pesadelos inspirados pelo medo e o horror, mas, também, pela reverência, pelo deslumbramento e por uma compreensão mais profunda da natureza, que este poder selvagem desperta na imaginação dos mortais. O mesmo poder destruidor e criador pelo qual a lendária Cobra Grande foi capaz de modelar o próprio leito dos rios e a Grande Floresta. Eles representam o aspecto mais implacável e potencialmente destrutivo da natureza selvagem, que está sempre se renovando e abrindo o caminho para novas possibilidades, embora como a destruição que a natureza selvagem é capaz de promover, eles não sejam algo bonito de se ver.

Afinal, se a natureza é implacável, é porque ela é maior e mais poderosa que os seres humanos podem imaginar e precisa ser respeitada e, na medida do possível, compreendida, não apenas temida ou rechaçada. E se ela é destrutiva é porque a destruição também faz parte dela e se faz necessária para abrir o caminho para o novo. Essa é a essência do que os Mapinguaris representam.

Os tolos temem a destruição que a natureza selvagem é capaz de promover, assim como temem a aparência aterradora dos membros deste Povo, os mais sábios, entretanto, reverenciam a natureza e buscam compreendê-la em sua totalidade e complexidade, tão generosa quanto implacável. E, sendo capazes de enxergar além das aparências, são, também, capazes de colher dos Mapinguaris a sabedoria para perseverar diante das mais terríveis tragédias e a obstinação, que apenas uma força que não pode ser detida por qualquer obstáculo é capaz de inspirar.

Aparência: Em seu aspecto mortal, Mapinguaris não costumam ser muito agradáveis aos olhos, tendem a ser desajeitados, um tanto desproporcionais, com rostos ligeiramente assimétricos e com uma aparência bruta, embora, indiscutivelmente humana. Quase sempre, a completa falta de qualquer traço de graça ou beleza física tende a torná-los ainda mais desleixados, o que não contribui nada para torna-los algo agradável de contemplar.

Porém, é em seu semblante feérico que a aparência bizarra e aterradora dos Mapinguaris se revela em todo o seu “esplendor”, como gigantes peludos, com um único olho na testa; suas cabeças parecem se fundir aos seus tórax, ocultando seus pescoços; sua boca, imensa e cheia de dentes afiados, surge em suas barrigas; seu nariz se reduz a dois orifícios, logo acima de sua bocarra, ocultos por seus vastos pelos; e suas pernas robustas, semelhante às dos búfalos, terminando em cascos redondos como fundos de garrafa. Em sua pavorosa forma feérica, Mapinguaris podem atingir de 2 a 3 metros de altura, e sua pelagem pode variar do castanho ao negro, passando por tons avermelhados. E quase invariavelmente serão tomados por Thallains, ou coisas ainda piores, por qualquer Kithain que ponha os olhos sobre eles.

Estilo de Vida: Monstruoso, horripilante, assustador, feroz, terrível são alguns dos termos mais comuns associados aos Mapinguaris, o que é plenamente justificável por sua aparência indiscutivelmente bizarra e pela destruição que um deles é capaz de causar. Ironicamente, essa fama também costuma ocultar o fato de que a maioria dos Mapinguaris costuma ser gentil e pacifico a maior parte do tempo. Muitos deles encaram seu potencial destrutivo como uma maldição e buscam evitar a todo o custo situações de confronto, temendo a destruição que podem desencadear, em contrapartida, buscam de maneira determinada proteger, o que for possível, da destruição ou, até mesmo, almejando criar algo ao invés de apenas destruir.

Mesmo os mais deslumbrados com o próprio poder tendem a aprender bem rápido que o descontrole pode custar caro, em vários sentidos. Apenas Mapinguaris que já não possuam mais nada para amar ou preservar em suas vidas estão suscetíveis a dar vazão a seus instintos (auto)destrutivos de maneira inconsequente. Tais criaturas trágicas podem promover destruição em uma escala na qual qualquer outro Changeling só poderia sonhar, infelizmente, para eles próprios, e felizmente, para todos os demais, um Mapinguari que se veja nessa situação costuma queimar rápido e furiosamente, como uma chama gloriosa que logo se extingue pelo peso sufocante da Banalidade.

Membros deste Povo muitas vezes se sentem atraídos por profissões onde possam fazer valer sua força impressionante, mas que, principalmente, os mantenham longe de encrencas e, se possível, estimulá-los a proteger ou criar algo: engenheiros, especialistas em explosivos e/ou demolição, técnicos de segurança no trabalho, fiscais do IBAMA, militares, mecânicos, operários, agentes de serviços gerais, maqueiros, jagunços, ermitões e trabalhadores braçais de uma forma geral são opções comuns.

Infantes, são criaturinhas agitadas e destemidas que tendem a destruir quase tudo no que colocam as mãos. Brinquedos, móveis, aparelhos eletrônicos, nada parece estar a salvo deles. Seus ataques de birra podem impressionar os cuidadores mais experientes e provocar visitas especialmente indesejáveis a psicólogos e analistas. Felizmente eles tendem a aprender bem rápido que seus rompantes quase sempre trazem consequências indesejáveis.

Uma vez que as lições sobre ações e consequências foram duramente assimiladas, Mapinguaris Estouvados tendem a ser criaturas reticentes e reservadas, embora clamem por estabelecer vínculos com outras pessoas. É comum que nesta fase as preocupações com a própria aparência e com o estigma de que são alvo ocupem os pensamentos dos membros juvenis deste Povo. Alguns deles tentam melhorar sua aparência com todos os meios disponíveis apenas para, inevitavelmente, se frustrarem no processo. Estes são os mais trágicos entre eles. Outros abraçam desde o início um visual desleixado ou rebelde, chegando a adorar piercings, tatuagens e outras estratégias para ressaltar uma aparência ainda mais intimidadora e parecem se divertir com o horror que despertam nos olhares alheios. Por fim, há aqueles que simplesmente mergulham em seu próprio mundo interior e desenvolvem uma carapaça de indiferença para lidar com a hostilidade das outras pessoas.

Rezingões são sobreviventes, veteranos de muitas históricas trágicas, que se provaram como mananciais de autoconhecimento, com uma profunda compreensão dos aspectos mais sombrios, e algumas vezes também dos mais luminosos, da natureza humana.

Mapinguaris comprometidos com seu aspecto Dia (Seelie) são guerreiros relutantes e calejados, que preferem optar pelo caminho do diálogo, sempre que possível, mas que se mostram incrivelmente habilidosos quando em tempos de guerra, além de sábios nos tempos de paz. Eles emanam uma sabedoria e tenacidade peculiar para encarar os dissabores da vida e são capazes de extrair grande felicidade das situações mais simples, como serem capazes de cultivar vínculos, samambaias ou gatos com impressionante dedicação.

Mapinguaris que se rendem a seu aspecto Noite (Unseelie) são monstros plenos e realizados que extraem satisfação da destruição e do medo que são capazes de provocar e preferem retribuir em dobro o desprezo do qual costumam ser alvo.

Por sua aparência monstruosa e potencial para causar problemas, mesmo quando não é essa sua intenção, os Membros deste Povo costumam ser considerados, erroneamente, como Thallain pelos Kithain e no passado foram caçados e destruídos com determinação. Eles, que nunca foram um Povo muito numeroso, viram seus números minguarem bastante com o processo de colonização e, mais tarde, com a recente guerra contra o Império do Crepúsculo. Na atualidade costumam ser encontrados dentro das fronteiras do Território Livre de Ewarë, sendo extremamente raros fora delas.

Organização: Por muito tempo, os Mapinguaris foram criaturas solitárias. Temidos, embora não odiados, e algumas vezes até mesmo reverenciados, pelos povos tradicionais e seus parentes Caapuãs. Os Caiporas os associavam a destruição dos refúgios de seus amados companheiros animais. Os Curupiras os queriam longe de seus domínios, para que não destruíssem seus jardins florestais. Alicantos e Uivaras também temiam as consequências de seu poder de destruição sobre os tesouros que guardavam. Os Boraros cobiçavam os segredos de Combate dos Mapinguaris, mas pareciam convencidos de que para obtê-los era preciso derrota-los o que quase sempre os colocava em uma posição desfavorável, pois muitos poucos entre eles eram capazes de tal façanha. Apenas Boiaçus e Matintas, tão solitários e, a seu próprio modo, quase tão distantes dos demais quanto os Mapinguaris, pareciam capazes de realmente entendê-los e aceita-los. Mas tudo isso mudou lentamente e se consolidou com a urgência que só a guerra é capaz de despertar.

A mudança começou quando os colonizadores europeus chegaram trazendo consigo um tipo de destruição como os povos originários, e os próprios Caapuãs, nunca haviam visto. No passado havia a guerra, a doença, a fome e a morte. Mas a destruição da guerra não visava a completa aniquilação do inimigo, nunca era uma guerra total, a destruição nunca era total. A doença causava morte e destruição, mas no máximo dizimava uma aldeia, não se alastrava por todo um continente. A fome também existia, mas a caça, a pesca e até os frutos da floresta eram abundantes e um povo sábio podia migrar para regiões de mais fartura quando era assolado pela fome. Havia a morte, mas os mortos eram lembrados, celebrados e honrados, não desapareciam no esquecimento, este, sim, a única destruição definitiva. Então, com a chegada da aniquilação promovida pelo processo de colonização, a destruição natural que os Mapinguaris representavam, de repente, não parecia mais tão ruim.

Ainda assim, foi preciso que houvesse a guerra entre os Caapuãs e os Kithains do Império do Crepúsculo pelo controle de Ewarë, onde a infantaria Mapinguari cumpriu um papel de destaque, para os membros deste Povo fossem, de fato, assimilados pela sociedade Caapuã, passando a integrar, de maneira plena e generalizada as Anamas e Grupos de Caça Caapuãs. Vários membros deste Povo, que nunca foi muito numeroso, pereceram para sempre diante do toque gélido do Ferro Frio. Porém, a Ira dos Mapinguaris se tornou lendária entre os Kithain e ainda é apontada por muitos como uma das principais razões que possibilitaram o Acordo de Paz que culminou com a Criação do “Protetorado de Ewarë”.

Pelas antigas tradições, qualquer Caapuã que irrompa da Crisálida dentro ou próximo do território de uma Família Caapuã passa a ser membro dela. Se no passado essa tradição costumava com muita frequência ignorar os Mapinguaris, não é mais assim. No território Livre de Ewarë, poder contar com um membro deste Povo como aliado é visto como algo extremamente desejável nos conturbados tempos atuais. Até mesmo o Curupira mais obcecado por manter seus domínios em ordem, concordará de bom grado em destinar uma parcela do território de sua Anama para um Mapinguari, mesmo um especialmente desordeiro, desde que possa ter certeza de contar com ele para repelir visitantes indesejados. Com o tempo, os Mapinguaris também se mostraram capazes e sábios ocupando assentos nos Conselhos de Anciões de Amanas por toda a Ewarë.

Dentro de Grupos de Caça Caapuã os Mapinguaris raramente ocupam a posição de líderes, pois ainda são tidos como inapropriados para eventuais interações sociais, contudo, costumam ser bons conselheiros para quem ocupar essa posição, além de serem guerreiros natos, embora, quase sempre, relutantes.

O representante dos Mapinguaris no Grande Conselho de Anciões de Ewarë é o líder quilombola Ubiratã, um pacato e tradicionalista Síocháin, muito próximo de Bartira, a representante dos Karuanas do Conselho. Ubiratan é uma liderança reconhecida da comunidade quilombola do Pacoval, no município de Alenquer, no Baixo Amazonas, e cumpriu um papel de destaque como o principal líder militar dos Caapuãs na Guerra contra os Kithains do Império do Crepúsculo, embora também seja um dos maiores entusiastas da manutenção da paz recentemente firmada.

Características: Mapinguaris costumam priorizar atributos Físicos e Mentais em detrimento dos Sociais por conta de sua inclinação natural. Eles valorizam Talentos como Esportes, Prontidão, Intimidação e Briga (quase sempre são levados pelos pais para aulas de boxe ou artes marciais para dar vazão a seus impulsos destrutivos e melhorar a socialização); também costumam ter predileção por Perícias como Ofícios e Performance, na tentativa de cultivar habilidades criativas para contrapor sua natureza destrutiva; e podem desenvolver qualquer tipo de Conhecimentos necessário para cumprir suas obrigações profissionais mundanas. Eles também tendem a valorizar o vínculo que possuem com as pessoas que são capazes de enxergá-los além de sua aparência pouco agradável e não é raro que adquiram alguns níveis dos Antecedentes Séquito e Sonhadores para representar tal ligação, sem estes vínculos eles correm o risco de se deixar tomar por seus instintos (auto)destrutivos e abraçar seu aspecto Noite (Unseelie), tornando-se monstros ameaçadores.

Artes: Como os demais Caapuã, eles têm acesso livre às Artes Andanças, Chicana, Prestidigitação e Princípio. Mas dentre estas, costumam ter uma afinidade maior com Princípio. Eles também possuem um vínculo natural com uma Arte que os Caapuãs conhecem como “A Ira de Boiaçu” (Dragon’s Ire) e tendem a desenvolvê-la, mesmo que de maneira relutante.

Afinidade: Cena.

Euforia: Mapinguaris obtêm Glamour abrindo caminho para que coisas novas possam florescer. Seja deixando (ou ajudando alguém a deixar) algo ou alguém, que o mantém preso ao passado, para trás, seja limpando um campo para que novas plantas possam emergir, seja destruindo bens materiais aos quais se está muito apegado, abrindo caminho para novas perspectivas e novas possibilidades, ou, ainda, mudando o curso de um rio ou abrindo uma nova clareira na floresta. Mapinguaris também encontram a Euforia em feitos de força ou batalha.

Desencadear: O som da pororoca, de troncos partindo, de trovões ou do rugido de onças selvagens costumam acompanhar os Truques lançados por um Mapinguari.

Poder Selvagem (Herança): Os Mapinguaris são imbuídos pelo poder bruto e selvagem da Natureza, potencialmente destruidor e transformador da realidade, e que nunca pode ser completamente dominado ou subjugado. Por padrão, os membros deste Povo recebem dois níveis adicionais em Força e Vigor, mesmo que isso eleve estes atributos acima de 5.

Adicionalmente, eles podem ainda se auto-induzir um estado de Frenesi Destrutivo, canalizando um poder ainda mais impressionante e devastador que o habitual, o que na prática dobra seu bônus padrão em Força e Vigor, ao se concentrarem por um turno completo e gastarem um ponto de Força de Vontade e um ponto de Glamour. Este poder repousa no coração de cada Mapinguari, mesmo aqueles de personalidade mais pacífica, e quando evocado, normalmente em ocasiões nas quais se sentem ameaçados, irritados ou impelidos a proteger aqueles ou aquilo que amam, este Frenesi Destrutivo emerge em um cataclismo de caos e destruição sempre com consequências imprevisíveis. Para maiores detalhes ver o item “Rastros de Destruição”.

Presença Horripilante (Herança): Além de sua aparência desagradável, a mera presença de um Mapinguari pode provocar incômodos inexplicáveis mesmo para mortais não encantados. Os membros deste Povo são naturalmente tão assustadores que podem intimidar qualquer criatura, desde mortais até seres sobrenaturais (encantados ou não), de Prodígios a criaturas quiméricas. A dificuldade de seus testes de Intimidação é reduzida em dois, e eles jamais falham critico em testes envolvendo esse Talento. Adicionalmente, Mapinguaris que invocam o Fado podem emitir um urro pavoroso que inspirará pânico em todos aqueles que ouvirem, aliados ou não, obrigando-os a testarem Força de Vontade (dificuldade 6 para aqueles que apenas ouvirem o urro e 8 para quem puder ver o Mapinguari), ou gastarem um ponto de força de vontade, para não fugirem apavorados.

Rastros de Destruição (Fragilidade): O poder selvagem da natureza que os Mapinguaris personificam é impressionante, temível, implacável e imprevisível. Esta natureza caótica e destrutiva ecoa nas ações dos membros deste Povo de uma forma que eles não são capazes de controlar. Sempre que um deles se engaja em combate, de uma forma sobrenatural e impressionante, ao errar seu alvo ou esbarrar em algo, seus golpes eventualmente farão árvores e paredes racharem ou se partirem ou podem, ainda, abrir pequenos buracos no chão, o que no máximo poderá gerar pequenos transtornos.

Porém, quando estão sob o efeito de seu Frenesi Destrutivo, torna-se inevitável ignorar ou controlar os efeitos destrutivos decorrentes das ações dos Mapinguaris. A paisagem em volta de alguém neste estado é sacudida pelas ondas de destruição que eles são capazes de provocar, árvores ou estruturas artificiais ruirão ao serem atingidas por seus golpes ou apenas pelo fato do personagem se apoiar, esbarrar ou tomar impulso nelas, ainda que não seja essa sua intenção. Ao evocar tal poder eles devem realizar um teste reflexivo de Glamour com o único objetivo de verificar eventuais falhas críticas e determinar a escala da destruição que provocarão. Neste teste de verificação, resultados equivalentes a 10 anularão eventuais falhas críticas, como de costume, porém, falhas críticas adicionais se combinarão para definir consequências ainda mais desastrosas para o personagem.

O próprio Mapinguari não tem controle sobre tais consequências. Cabe apenas ao Narrador defini-las, sempre de uma forma que tenha real impacto na história que está sendo contada. Consequências resultantes de falhas críticas no teste de verificação do Frenesi Destrutivo dos Mapinguaris ocorrerão mesmo quando o personagem não sobreviver ao combate que o desencadeou.

Aparência Aterradora (Fragilidade): A aparência dos Mapinguris nunca é agradável. Mesmo em seu Aspecto Mortal, sua Aparência jamais será maior que 1, independente de seus esforços para melhorá-la. Contudo, em seu Semblante Feérico as coisas ficam ainda piores, reduzindo este Atributo a zero. Os mortais os consideram estranhos e mal-encarados, criaturas sensíveis ao Glamour tenderão a vê-los como Monstros e muitas vezes os confundirão com um Thallain.

Apenas Caapuãs, Eborás e mortais que estejam vinculados ao personagem através dos Antecedentes “Séquito” ou “Sonhadores” o reconhecerão por aquilo que ele é. Para interações sociais com todos os demais seres, os Mapinguaris receberão uma penalidade de +2 na dificuldade de seus testes. Entretanto, esta penalidade jamais se aplicará às interações que envolvam o Talento Intimidação.

Adicionalmente, por serem ciclopes, eles não possuem uma boa percepção de distâncias e recebem uma penalidade de +2 na dificuldade de ataques a distância, o que quase sempre os obriga a partirem para o “mano-a-mano” em situações de combate e também não contribui para que sejam conhecidos como motoristas especialmente habilidosos.

Pontos de Vista

Um simpático e extrovertido Estouvado Mapinguari deixa seu skate de lado para dividir suas impressões sobre seus Parentes:

ALICANTOS: Todo mundo merece uma segunda chance.

BOIÚNAS (Sachamamas): Você não vai ver muitos delas por aí, mas ninguém será capaz de te entender melhor.

BORAROS: Uns manos irados, mas que tendem a ser bastante cabeças duras.

CAIPORAS: Mais do que Parentes, são nossos irmãozinhos. Tamo junto!

CURUPIRAS: Nossa!… Deve ser bom poder criar as coisas e não apenas destruí-las.

MATINTAS (Lloronas): Podem até parecer sinistras, mas é sempre bom dar ouvidos a elas.

KARUANAS: Eles sabem das coisas, só precisam relaxar de vez em quando pra não esquecerem disso.

UIARAS (Encantados): Grandes festeiros, você só precisa ter cuidado ao tentar acompanha-los, não podemos nos dar esse luxo.

EBORÁS: É preciso ser sábio para ver além das aparências. E por isso nós curtimos demais esses caras.

KITHAIN: Ouvi dizer que eles já pisaram feio na bola, mas estes são outros tempos. Viva e deixe viver!

| ALICANTO | BORARO | BOIÚNA | CAIPORA | CURUPIRA |

| KARUANA | MAPINGUARI | MATINTA | UIARA |

Curtiu este Artigo sobre Changeling: O Sonhar?

Então conheça mais detalhes de nossa proposta de cenário alternativo o jogo no link abaixo:

Ewarë, o “Reino” Encantado da Amazônia.

A Nação Caapuã: Herdeiros dos Sonhos Nativos.

Cosmovisão Caapuã

--

--

Brasil In The Darkness
Brasil na escuridão

Fanpage brasileira do universo clássico de RPG de Mesa, Mundo das Trevas (World of Darkness).