(Quase) de A — Z. Um país e um filme para cada letra do alfabeto
Uma lista com 57 filmes dirigidos por mulheres para navegar por outros mares do cinema mundial
Desde que comecei a fazer o desafio #52FilmsByWomen, assistindo ao longo de um ano um filme por semana que seja dirigido por mulher, passei a buscar obras de diretoras que eu ainda não conhecia, de países que eu não tinha assistido a nada e faladas em línguas com as quais meu ouvido não era familiarizado. Eis que surgiu a ideia de dividir com vocês quase um alfabeto inteiro de países e filmes como recomendação.
“Quase” pois encontrei problemas chamados: não há países com a letra X e Y, e não encontrei diretoras fazendo filmes em Omã ou Kuwait, por exemplo. Muitas vezes até sei de diretoras, mas o problema é ter acesso aos filmes.
De qualquer forma, a intenção é completar todos os países, então vou considerar essa lista em construção, atualizando todos os anos.
Pois bem, sem mais delongas, comecemos:
Alemanha
Os Anos de Chumbo (1981), de Margarethe von Trotta
O filme conta a história de duas irmãs que lutam pelo direito das mulheres de formas diferentes. Quando uma é presa, a outra se sente obrigada a ajudar a irmã apesar de terem uma relação difícil e pensarem de formas bem diferentes.
Angola
Sambizanga (1972), de Sarah Maldoror
O filme acompanha a jornada de uma mulher e seu filho após seu marido ser preso e torturado pela polícia secreta portuguesa por ser suspeito de fazer parte de um grupo revolucionário de libertação de Angola. O filme é o primeiro dirigido por uma mulher na África.
Arábia Saudita
O Sonho de Wadjda (2012), de Haifaa Al-Mansour
Wadjda é uma menina que decide participar de uma competição da escola e com o prêmio comprar uma bicicleta para apostar corrida com o seu vizinho, mas na Arábia Saudita meninas não podem pedalar. Falei da diretora aqui.
Argélia
Papicha (2019), de Mounia Meddour
Em 1997, o conservadorismo islâmico cresce na Argélia. Enquanto muitos desejam se mudar para a França, Nedjma quer ficar em seu país e ser estilista. Ela e suas amigas são estudantes e são profundamente afetadas com recentes mudanças da sociedade.
Argentina
XXY (2007), de Lucía Puenzo
Alex, de 15 anos, é intersexual (que nasceu com os dois sexos) e vai ter que aprender a lidar com conflitos pessoais, descobertas e um doloroso processo de aceitação. Aborda com poesia e delicadeza questões de gênero e livre arbítrio.
Armênia
O Farol (2006), de Mariya Saakyan
Lena volta para o vilarejo onde nasceu, no norte da Armênia, e reencontra seus avós. Em meio à guerra, a personagem fica impossibilitada de voltar para Moscou, tendo que aprender a conviver com essa nova situação.
Austrália
The Nightingale (2018), de Jennifer Kent
Em 1825 durante a invasão britânica na Austrália, a irlandesa Clare pede ajuda a um nativo para encontrar um oficial britânico e se vingar dele pela violência cometida contra ela e sua família.
Bélgica
Jeanne Dielman (1975), de Chantal Akerman
A história mostra três dias da vida rotineira e disciplinada da protagonista, uma viúva que cuida do filho adolescente e sustenta a casa como prostituta. Um dos meus favoritos. Falei da diretora aqui.
Brasil
Como Nossos Pais (2017), de Laís Bodansky
Um retrato honesto da mulher moderna que está cansada do peso e da responsabilidade de ser mulher. Quando sua mãe revela algo sobre seu pai, Rosa decide romper com as suas obrigações usuais em busca de uma vida mais leve e menos regrada.
Canadá
Histórias que Nós Contamos (2012), de Sarah Polley
Esse documentário começa com trilha sonora de Bon Iver e bem aí já me conquistou. Mas o interessante é ver como a diretora destrincha a sua própria história a partir das histórias que seus familiares contam. É uma graça de assistir.
Chile
Play (2005), de Alicia Scherson
Cristina trabalha como cuidadora de um senhor acamado. Ela encontra uma maleta com vários pertences e caminha pela cidade de Santiago do Chile para encontrar o dono. Incorporando novas personalidades, entre vouyer e detetive, Cristina acaba se envolvendo na vida do dono da maleta e na da ex-mulher dele.
China
Our House (2017), de Yui Kiyohara
Uma mesma casa é habitada, em tempos diferentes, por mãe e filha e também por uma garota que recebe uma mulher sem memória. Aos poucos a história delas vai se cruzando. Este é daqueles filmes que se contar mais do que isso estraga.
Chipre
Pause (2018), de Tonia Mishiali
Elpida vive um relacionamento abusivo em que os dias se resumem às tarefas domésticas e ao cuidado do marido. Ela busca refúgio ao se imaginar reagindo de forma agressiva aos comportamentos opressores do marido, e passa a confundir realidade com fantasia.
Colômbia
A História do Baú Rosado (2005), de Libia Stella Gómez
Uma adolescente é encontrada morta dentro de um baú rosado e as investigações são atrapalhadas por um jornalismo sensacionalista. É um filme de detetive clássico em que o espectador participa com o protagonista das investigações, mas precisa fechar sozinho o quebra-cabeça para sacar o final.
Costa Rica
Viaje (2015), de Paz Fábrega
Um casal se conhece em uma festa à fantasia e decide passar um final de semana juntos num acampamento, longe de tudo. A história é simples e não precisa mais do que isso. O filme é uma gracinha, de assistir sorrindo do início ao fim. Bons diálogos e fotografia belíssima.
Cuba
De Certa Maneira (1977), de Sara Gomez
O filme transita entre ficção e documentário e fala da Cuba pós-revolução a partir do protagonismo de Yolanda, uma professora de escola primária que está acostumada a ser independente e a lutar pela transformação social da sua realidade.
Dinamarca
Em um Mundo Melhor (2010), de Susanne Bier
Anton é um médico que alterna entre sua família na Dinamarca e seu trabalho em um campo de refugiados no Quênia. Nesses dois cenários diferentes ele e sua família lidam com conflitos que os levam a escolhas difíceis entre vingança e perdão. Falei da diretora aqui.
Espanha
Verão 1993 (2017), de Carla Simón
Depois da morte de sua mãe, Frida, uma menina de 6 anos, vai morar com os tios e a prima no interior da Espanha. Ao mesmo tempo que é amada pela nova família, Frida sente também que não é aceita por parte dos seus novos colegas, e por isso passa a ter dificuldades de se adaptar à nova vida.
Estados Unidos
Pária (2011), de Dee Rees
A protagonista Alike é uma adolescente lésbica que vive uma vida dupla em relação a sua sexualidade. Ao mesmo tempo que tenta se afirmar e se entregar à novas paixões, não se sente acolhida em casa. O filme além de visualmente lindo é, ao mesmo tempo, poderoso e sensível.
Equador
Que Tan Lejos (2006), de Tania Hermida
Uma espanhola que está fazendo mochilão e uma estudante politizada, se conhecem no ônibus indo para Cuenca, no Equador. Por conta de uma greve, as duas decidem pegar carona na estrada até chegarem ao destino final. Juntas se abrem para o novo e o imprevisto.
França
Tomboy (2017), de Céline Sciamma
Laure, de 10 anos, acaba de se mudar para um novo prédio, porém quando faz novos amigos se apresenta como um menino. Um retrato muito poético sobre a questão de gênero e como uma criança lida com este conflito. Falei da diretora aqui.
Geórgia
My Happy Family (2017), de Nana Ekvtimishvili e Simon Groß
Cansada de morar com os pais, o marido e os filhos, Manana decide ir embora de casa depois do seu aniversário e morar sozinha sem justificar nada para a família. Tem texto meu sobre o filme aqui.
Grécia
Attenberg (2010), de Athina Rachel Tsangari
Marina, uma garota de 23 anos, acompanha o pai que está fazendo um tratamento no hospital. Com a sua melhor amiga, ela tenta superar sua aversão por outros seres humanos. Um filme muito gostoso de assistir.
Hungria
Corpo e Alma (2017), de Ildikó Enyedi
Mária é a nova contratada de um matadouro. Ela busca um jeito próprio de conviver com os novos colegas de trabalho, em especial com Endre, com quem compartilha o mesmo universo onírico.
Hong Kong
A Simple Life (2011), de Ann Hui
Ah Tao é uma senhora que trabalha como empregada doméstica há 4 gerações de uma mesma família. Após sofrer um AVC, ela se aposenta e se muda para um asilo onde Roger, um dos homens de quem cuidou a vida toda, passa a olhar por ela.
Índia
Fogo e Desejo (1996), de Deepa Mehta
O filme, que faz parte da trilogia dos elementos, conta a história de duas cunhadas que passam a morar na mesma casa e se apaixonam. A história questiona os padrões impostos às mulheres indianas e trata o assunto com coragem e firmeza.
Inglaterra
Aquário (2009), de Andrea Arnold
Mia é uma adolescente de 15 anos que mora com a mãe e a irmã caçula. Tudo muda quando ela começa uma inesperada amizade com o novo namorado de sua mãe, que é quem a encoraja a participar de uma audição de dança. Falei da diretora aqui.
Irã
Women Without Men (2009), de Shirin Neshat e Shoja Azari
Em 1953, época em que está acontecendo o golpe de estado do Irã, o filme conta a história de quatro mulheres fora do padrão de comportamento esperado às mulheres iranianas.
Israel
O Julgamento de Viviane Amsalem (2014), de Ronit Elkabetz e Shlomi Elkabetz
Viviane Amsalem tenta se divorciar de seu marido há anos. Quem pode autorizar o divórcio é um tribunal formado por três rabinos, porém a decisão final é do marido, que não quer ceder de jeito nenhum.
Itália
As Maravilhas (2014), de Alice Rohrwacher
Gelsomina é a filha mais velha de uma família de apicultores que vivem no interior da Toscana. A chegada de um garoto para ajudar nos trabalhos da casa e a possibilidade de participar de um reality show vão trazer para a garota uma nova perspectiva sobre a vida.
Japão
Floresta dos Lamentos (2007), de Naomi Kawasi
Shigeki vive num asilo e há 33 anos escreve cartas para sua falecida esposa. A cuidadora Machiko decide o levar para um passeio, mas os dois acabam se perdendo na floresta. Falei da diretora aqui.
Kosovo
Looking for Venera (2021), de Norika Sefa.
O filme acompanha Venera, uma jovem que vive numa pequena casa num vilarejo em Kosovo. Junto de sua nova amiga, elas tencionam os limites impostos por suas famílias e pela sociedade para fugirem da vida limitada à esfera doméstica reservada às mulheres.
Líbano
E Agora Onde Vamos? (2011), de Nadine Labaki
As mulheres de um pequeno vilarejo no Líbano organizam soluções para diminuir as crescentes tensões entre suas famílias cristãs e muçulmanas. Personagens fortes e plurais, dão leveza aos temas pesados que são abordados.
Macedônia
Honeyland (2019), de Tamara Kotevska e Ljubomir Stefanov
Hatidze Muratova é uma mulher da Macedônia que se dedica à apicultura de forma a respeitar o equilíbrio da Natureza. A chegada de uma família nômade, que trata os animais de modo exploratório, acaba por interferir na subsistência de Hatidze.
Martinica
Rue Cases Nègres (1983), de Euzhan Palcy
Ambientado em 1931, o filme conta a história de José, um menino que vive no interior da Martinica, ainda colônia francesa, onde todos da região trabalham na plantação de cana. Estimulado a estudar, José aprende sobre a vida e a morte, sobre sua raça e sua classe.
México
Los insólitos peces gato (2013), de Claudia Sainte-Luce
Claudia, uma garota que vive sozinha, conhece Martha, uma mulher que está doente e tem quatro filhos. Aos poucos Claudia vai se identificando com essa família e fazendo parte da rotina deles, como se pertencesse a ela desde sempre.
Nicarágua
¡Las Sandinistas! (2018), de Jenny Murray
O documentário conta a história das mulheres que estiveram à frente da luta que tirou do poder o ditador Somoza. Entre elas, destaca-se Maria Tellez, uma jovem estudante de medicina que se tornou general e, com trabalho de base, construiu reformas sociais que atendiam ao interesse popular.
Nova Zelândia
O Piano (1993), de Jane Campion
Em 1850 Ada, uma mulher muda, viaja com sua filha e seu piano para a Nova Zelândia para um casamento arranjado. O filme aborda, de forma bastante interessante, a questão do desejo e da liberdade feminina.
Países Baixos
A Excêntrica Família de Antonia (1995), de Marleen Gorris
Antônia volta com sua filha para a casa no interior da Holanda, onde cresceu, e, aos poucos, vão construindo uma comunidade onde o matriarcado e o feminismo perduram pelas gerações seguintes.
Palestina
Budrus (2009), de Julia Bacha
Budrus é um vilarejo da Palestina que foi atingido por uma nova demarcação de Israel. Um líder palestino organiza manifestações não-violentas para proteger o seu território. Logo as mulheres se juntam à causa. O documentário é uma lição de resistência contra um governo opressor e sionista.
Paraguai
Cuchillo de palo (2010), de Renate Costa
Neste documentário, a cineasta busca conhecer melhor o seu tio, um homem gay que foi perseguido durante a ditadura paraguaia. A busca é também uma tentativa de se aproximar de seu pai, um homem bastante conservador e reservado.
Peru
A Teta Assustada (2009), de Claudia Llosa
Fausta sofre de uma doença rara transmitida através do leite materno de mulheres estupradas ou abusadas durante ou logo após a gravidez. Após a morte de sua mãe, ela precisa aprender a encarar a vida. Falei da diretora aqui.
Polônia
Em nome de… (2013), de Malgorzata Szumowska
Adam, um padre gay que trabalha na Polônia rural ajudando a reabilitação de marginais, tem dificuldade em reprimir sua sexualidade após a chegada de um novo garoto.
Porto Rico
La Operación (1982), de Ana María García
O documentário expõe as reais intenções por trás da política de esterilização de mulheres porto riquenhas entre os anos 1940 e 1980, estimulada e financiada por Porto Rico e pelos Estados Unidos. Com a desculpa de controle populacional, a esterilização foi uma medida que atualizou a relação colonial entre os dois países.
Portugal
Os Mutantes (1998), de Teresa Villaverde
Três adolescentes que escapam do reformatório para tentar sobreviver em Lisboa. Andreia está grávida e faz uma das cenas de parto mais difíceis que já vi. Me lembrou muito Capitães da Areia, livro de Jorge Amado. Falei sobre a diretora aqui.
Quirguistão
Suleiman Mountain (2017), de Elizaveta Stishova
O filme fala sobre as complexas relações familiares de uma mãe que reencontra o filho perdido e se junta ao pai do menino, que agora vive na estrada com a esposa grávida. De forma não convencional, eles buscam modos de sobreviverem juntos.
Romênia
Crulic — O Caminho Adiante (2011), de Anca Damian
A animação conta a história real do romeno Claudio Crulic que fez greve de fome após ser preso injustamente. Um retrato sobre a negligência prisional e a importância dos Direitos Humanos.
Rússia
Sereia (2007), de Anna Melikyan
Alisa mora em uma pequena cidade portuária da Rússia e acredita ter o poder de realizar o que deseja. Quando se muda com a família para Moscou, conhece novas pessoas e se arrisca a viver uma vida diferente. Falei da diretora aqui.
Senegal
Mossane (1996), de Safi Faye
Mossane é uma adolescente de 14 anos desejada por muitos homens da aldeia. Preocupada, a mãe arranja o casamento com o homem a quem a filha foi prometida desde o dia em que nasceu, mesmo contra a sua vontade, já que está apaixonada por outro rapaz.
Singapura
Shirkers (2018), de Sandi Tan
O documentário explora a adolescência da diretora, em 1992, quando ela e suas amigas começaram a fazer seu primeiro filme junto de Georges, um homem misterioso que se portava como um mentor.
Suécia
Flickorna (1968), de Mai Zetterling
Um grupo de atrizes viaja para a montagem de uma comédia grega sobre a mulher e a guerra. Cada uma vê semelhanças da peça com suas vidas pessoais. Se não bastasse a sinopse interessante ainda tem Bibi Andersson e Harriet Andersson.
Tunísia
Os Silêncios do Palácio (1994), de Moufida Tlatli
A história volta para o passado da protagonista Alia, a filha de uma das empregadas de uma família de ricos, quando em uma visita à casa onde cresceu, relembra dos últimos momentos em que lá esteve.
Turquia
Cinco Graças (2015), de Deniz Gamze Ergüven
Cinco irmãs ficam presas em casa aprendendo sobre a vida doméstica após terem sido vistas no mar com outros meninos. Pouco a pouco as irmãs vão tendo casamentos arranjados, mas a caçula se recusa a aceitar a imposição.
União Soviética
A Ascensão (1977), de Larisa Shepitko
Eu sei que a União Soviética não existe mais, mas esse filme é muito interessante e vale a pena entrar na lista. A história é sobre dois partisans que se separam do grupo para irem atrás de comida e acabam sendo presos pelo exército alemão. O filme retrata personagens contraditórios que têm seus caminhos cruzados.
Venezuela
Pelo Malo (2013), de Mariana Rondón
Junior, um garoto de nove anos, sonha em se vestir de cantor e alisar seus cabelos para a foto do colégio. Isso desperta em sua mãe uma desconfiança sobre a sexualidade do seu filho a deixando cada vez mais irritada.
Vietnã
The Girl From Dak Lak (2022), de Pedro Román e Chi Mai
O filme acompanha o dia a dia de Suong após sair de casa em busca de um trabalho. Ela passa a lavar louça em um restaurante, onde divide o quarto com outras duas empregadas. Aos poucos passa a acumular cada vez mais tarefas, sendo essas cada vez menos agradáveis.
Zâmbia
I Am Not a Witch (2017), de Rungano Nyoni
Uma garota de oito anos, é acusada de praticar bruxaria e levada ao exílio onde, junto de outras mulheres na mesma situação, fica presa por uma fita e é explorada por um homem vinculado ao governo.
Se você recomenda algum filme dirigido por mulher de um país que não está aqui, coloca a sugestão nos comentários. Vamos expandir essa lista.
O desafio #52filmsbywomen propõe que, ao longo de um ano, você assista a um filme por semana que tenha sido dirigido por mulher.
Para mais informações, acesse o site da iniciativa Women in Film e acompanhe a hashtag no twitter.
- Editado em 10/01/2023: Foram adicionados filmes de Angola, Singapura e Vietnã.
- Editado em 02/02/2022: Foram adicionados filmes de Kosovo, Martinica, Paraguai e Porto Rico.
- Editado em 19/01/2021: Foram adicionados filmes de Argélia, Armênia, Austrália, Chile e Macedônia.
- Editado em 07/01/2020: Foram adicionados filmes de Hong Kong (Região Administrativa Especial da China) e dos países: China, Chipre, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, Espanha, Nicarágua, Países Baixos, Palestina e Quirguistão.