Fjord Trends 2019
Nosso relatório anual das Trends nasce de inúmeras anotações em post-its, uma série de debates produtivos, muitas risadas e muito café. As Trends são sempre um trabalho colaborativo, feito com amor por Fjordians (todos os 1.000) de todo o mundo — de São Francisco a Berlin, Hong Kong a Johannesburgo, Dubai a São Paulo, e outros 22 studios no meio do caminho. Esse processo resulta nas tendências que prevemos que afetarão negócios, tecnologia e design no ano que está por vir.
Hoje nos encontramos em um ponto de inflexão tecnológica, política e ambiental. Duas décadas de rápido crescimento e inovação tecnológica geraram enorme desordem física e digital. A corrida pelos recursos do planeta espelha a demanda por dois recursos humanos preciosos: nosso tempo e atenção. Como resultado, colaboradores, consumidores e organizações estão comprometidos na autorreflexão sobre seu posicionamento, o que nos leva ao nosso meta-tema deste ano: a busca por valor e relevância.
Valor e Relevância
O digital já é tão amplamente adotado que deixou de ser novidade. Estamos em um platô de inovação — se pensarmos em uma curva em S, estamos na parte plana, imediatamente antes da consolidação de novos produtos e serviços mainstream. Alguns deles serão alimentados por inteligência artificial, como Living Services hiper-pessoais; outros serão impulsionados por uma mudança para a economia circular e pelas novas normas culturais sobre dados, identidade e bem-estar.
É o momento de uma grande faxina digital, para decidirmos se algo ainda tem valor e relevância para nossas vidas. E é sobre longo prazo, não só pela emoção da gratificação instantânea.
Conforme você for lendo as Trends, verá que elas levantam uma série de questões fundamentais. Essa marca merece um espaço na minha vida e no mundo? A troca de valores é bilateral? Ela está fazendo algo além de sobrecarregar o planeta? Se a resposta for não, cancele a inscrição ou exclua. Nunca foi tão fácil fazer isso.
Mas o platô também é uma oportunidade para colocar a casa em ordem. Quando o ritmo for retomado, sairão à frente as organizações que navegarem na mudança de monólitos para ecossistemas, fornecendo hiper-relevância para as pessoas e indo além da rotulação de clientes, consumidores, passageiros e cidadãos.
O sucesso virá para aqueles que fornecerem valor não apenas para os indivíduos, mas também para o mundo. Isso requer uma mudança de modelo mental que pode parecer contraintuitiva: Seja silencioso, não grite. Seja relevante ou não esteja lá. Conheça seu consumidor, para a vantagem deles e não apenas a sua. Faça menos, e não mais.
A geração de valor não virá de um simples aumento de tamanho, mas sim de qualidade. Em vidas ocupadas e em um planeta lotado, apenas o que é relevante permanecerá.
Boa leitura!