Na cidade de Friends, Suits e Gossip Girl

Uma amante de Netflix vivendo uma aventura real em Nova Iorque

Regiane Folter
Revista Passaporte
7 min readFeb 22, 2018

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Em dezembro de 2015 fiz minha última viagem pela organização para a qual trabalhei por quatro anos. Curiosamente também foi a última vez que conheci um novo país (já estou com abstinência!!).

Para mim, passar essas duas semanas em Nova Iorque, Estados Unidos, foi como terminar um ciclo e dar um novo respiro para o que viria a seguir. Nessa ocasião, participei de uma importante conferência global que ocorreu no QG da ONU e que nos levou a discutir como nós, jovens, poderíamos contribuir a um mundo melhor. Durante esses dias de conferência, conheci uma visão mais global sobre a realidade de outros países em relação às metas de desenvolvimento sustentável da ONU e pude ter novas ideias de como poderia levar aquelas discussões pro Uruguai.

Além disso, a viagem também foi uma grande válvula de escape, já que eu vinha bem cansada depois de um ano intenso de trabalho. Foi positivo deixar os problemas de lado por um tempinho, descansar a mente, estabilizar-me novamente para poder voltar e dar conta do recado.

Assim, a fria, lotada e bela Nova Iorque me recebeu! Estar nos Estados Unidos, e principalmente na metrópole de Friends, How I Met your Mother e outras séries que amo me fez sentir que estava no centro do mundo. Muito da nossa cultura na América Latina é influenciada pelo Tio Sam e, embora eu nunca acreditei que o paraíso estivesse nos Estados Unidos, não pude deixar de sentir a energia daquele lugar.

Nos arredores

Desde que pus os pés no aeroporto para entrar ao país até o final da minha viagem não estive em outro lugar além de Nova Iorque e seus arredores. Na minha chegada fui recebida com o amor de uma amiga muito especial, que coincidentemente estava vivendo lá como au pair em um programa de intercâmbio. Depois de muitos abraços, ela me levou de carro até Darien, CT, uma cidadezinha nos arredores da Big Apple e seu lar naquele ano.

Darien parecia saído de uma de essas tantas comédias românticas da Reese Whiterspoon: rua decoradas com enfeites de Natal, ônibus amarelo levando as crianças para a escola, cafés quentinhos e coloridos enchendo as calçadas. Enquanto minha amiga cuidava do menininho que era sua responsabilidade como au pair, colocamos o papo em dia e matamos aquela saudade que estava apertando o peito faz tempo.

Na grande maçã

No dia seguinte, tomamos o dia para explorar NYC. Fazia frio, então saímos equipadas: blusinha, blusão, jaqueta, toca, luva, meias até o joelho e botas. Mesmo com todo esse frio não vi nada de neve em minha estadia lá — ficaram me devendo essa.

Na metrópole tudo era muito mais dinâmico e em maior escala que na pequena cidade. As pessoas passavam apressadas em seus ternos e saltos, quase sempre segurando um copo de café descartável e falando ao celular. Hordas de turistas conversando em todos os idiomas possíveis enchiam as calçadas. Os edifícios enormes se levantavam ao nosso redor com metros e mais metros de altura. Eu tentava acompanhar toda a informação daquela paisagem dinâmica, olhos a mil!

Haviam lojas, árvores, muitos taxis, muitos idiomas, diversas expressões. Nunca conheci um lugar tão cosmopolita quanto Nova Iorque, e com certeza nunca um tão caro! Esses foram alguns dos locais onde estive naquela viagem (e algumas cenas icônicas que revivi):

Central Park (gigante, verde e com cara de Friends!)

MET (museu cheio de coisas lindas por dentro! E sentar na escadaria como Blair e Serena foi muito divertido também)

Sede da ONU

Escultura LOVE (há outras espalhadas pela cidade!)

Top of the Rock

Times Square (shining!)

Rockefeller Center (a maior árvore de Natal que já vi)

National September 11 Memorial

Grand Central Terminal

Estátua da Liberdade (só vi por fora, fazendo um passeio de balsa)

Chinatown

High Line

Chelsea Market

Charging Bull e Wall Street

Brooklyn Bridge

Quem levei na mala (e no core)

Rever minha querida amiga foi o ponto alto dessa viagem. Como tantas vezes antes, ela cuidou de mim nesses dias, me deu colo e força pra seguir. Além de que também me levou pra fazer umas comprinhas mara!

Durante a conferência eu revi muitas pessoas que naquele ano estavam vivendo a mesma experiência que eu. Todos estávamos cansados, todos com vontade de largar tudo e sair correndo. Me conectei com cada um deles durante nossas conversas e fomos sarando juntos, um ajudando o outro, como só pessoas que vivem a mesma situação conseguem fazer. Felizmente, nessa viagem também contamos com o apoio de uma grande líder que nos acompanhou durante toda aquela jornada. Ela é uma das mulheres que eu mais admiro e escutá-la foi muito especial para mim.

Depois do fim da conferência, passei alguns dias mais na Big Apple para turistar. Um amigo norte-americano que naquele tempo vivia no Uruguai me ajudou a conseguir alojamento no sofá de um conhecido seu, já que pagar um ho(s)tel naquela cidade ($$$) estava fora de questão. Então a eles também sou muito grata!

5 coisas random que não vou esquecer

  • Comer frambuesa (AGAIN!)
    Oficialmente uma das minhas frutas favoritas, nos Estados Unidos eu pude voltar a comprar frambuesa aos montes e comê-las da maneira mais divertida e gostosa do mundo: uma na ponta de cada dedo, cinco dedos de frambuesa ♥ Adorava sentar nos parques ou cafés com minha caixinha de frambus, feliz da vida.
  • Encontrar comida brasileira
    No meu segundo dia por lá minha best me levou para comer comida da nossa terrinha em restaurante de comida brasileira! Depois de vários meses no Uruguai, comer um bom arroz com feijão, saladinha e bifão a la Brasil, além de mandioquinha frita, foi um êxtase só!
  • Estar em uma das salas mais importantes do mundo
    Durante nossa conferência, a ONU nos convidou a assistir a exibição de um documentário sobre a vida de Malala, um ícone de liderança jovem da atualidade. E a honra estava completa já que a exibição do filme aconteceria na principal sala do prédio, o Salão da Assembleia Geral das Nações Unidas. Aí estivemos, durante algumas horas, no aposento onde a própria Malala discursou tempos atrás.
  • Caminhar, caminhar e caminhar (até doer o pé!)
    Desconfiando das minhas habilidades de compreensão do metrô nova-iorquino, preferi caminhar na maior parte do tempo. Até porque era muito mais divertido cruzar a cidade ao ar livre, sentindo o ventinho gelado do inverno e conhecendo cada paisagem. Então andei! Andei de Upper East Side até Times Square, do Financial District até Brooklyn, de Chelsea até Little Italy. Os pés doíam sim, mas os olhos estavam contentíssimos!
  • Starbucks life
    Uma das poucas coisas com um preço (razoavelmente) acessível era o Starbucks. Comprar um café e um cookie era parte do ritual diário na grande cidade, e a tentação era enorme: em cada quarteirão mais ou menos há uma unidade dessa cafeteria incrível. Então me joguei! Cafeína e chocolate foram grandes companheiros nessa viagem, e no Starbucks eu me abastecia de wifi e calor para seguir as caminhadas frias pela metrópole.

Outra amiga brasileira esteve lá por NYC um tempo depois e ela conta mais da sua jornada nessa entrevista.

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Regiane Folter
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