Ode a todas as cores que amo
Texto de fevereiro para o desafio literário #EscreverEscrevendo
Quando me perguntam
“Qual é a sua cor favorita?”
Eu quase respondo no automático
“Azul”.
É verdade que sempre gostei
Da cor de céu em dia de verão,
Cor de mar da cidade onde cresci,
Cor de alegria nos olhos do meu avô.
Porém,
Às vezes me questiono
Se essa é realmente a minha cor favorita.
Porque gostar, gostar,
Eu gosto de várias cores.
Quando menina gostava de todas:
Rosa, verde, azul, vermelho!
Só importava que fossem brilhantes,
Chamativas, fosforescentes…
Cresci, meus gostos ficaram mais sérios.
Hoje em dia meu armário abriga
Cores mais sóbrias.
Cores pastéis, lisas, concretas.
Mas não sinto que sejam sem-graça.
Gosto da simplicidade de um cinza clarinho,
Do minimalismo do branco,
Da presença do preto.
Ainda assim,
Levo outras cores no coração.
A cor amarela me faz lembrar
De uma gatinha amada que já não está
E também me leva a pensar nos amores
Que tanto vivi e dos quais tanto falei
A cor vermelha representa
Tão explosiva e marcante como o carmim.
A cor verde é 100% meu irmão e meu parceiro,
Os dois têm olhos verdes profundos
Daqueles que a gente se perde dentro.
E por ai vai…
Cada cor uma história
Cada história, multicolor.
Nem sei porque me pergunto essas coisas!
Cada reflexão sem sentido que alimento…
Ainda mais porque hoje em dia
Quase já não me fazem essa pergunta
“Qual é a sua cor favorita?”
Nem lembro quando foi a última vez…
Curioso!
Será que quando a gente vai ficando adulta
As pessoas sentem menos curiosidade em saber essas coisas?
Ou será que o arco-íris de sentimentos que já vivemos
Está tão estampado em nossos rostos
Que nem é preciso perguntar?
Esse texto é parte do desafio de escrita #EscreverEscrevendo que publiquei aqui na Subjetiva em janeiro de 2021. Bora participar? Aqui está o link com o desafio completinho:
Se você já tiver escrito o teu, manda pra mim também! 😄
Esse aqui é o texto de fevereiro do Guilherme Aniceto:
Obrigada por ler ❤ Se gostou, deixe seus aplausos 👏
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