5 livros que marcaram o primeiro semestre
Você também deve ter notado o quão rápido 2021 está passando, certo? Em um ano pandêmico, a leitura se tornou uma das mais acessíveis e melhores opções para manter a saúde mental em dia.
Acredito que muitas pessoas, assim como eu, retomaram ou iniciaram este hobby na esperança de encontrar novos universos e até de conhecer outra realidade.
A leitura é, provavelmente, uma outra maneira de estar em um lugar — José Saramago
Com o próximo semestre às portas, tirei alguns minutos para ver no Skoob quais foram as leituras que marcaram essa primeira metade do ano. Isso me ajudou a relembrar um pouco do que senti e qual mensagem absorvi em cada título que finalizei.
Confira os 5 livros que fizeram muita diferença neste semestre!
Foi o primeiro romance de formação que li e talvez este tenha sido o principal motivo de eu ter adorado Delia Owens. Conhecer Kya sem se apaixonar por sua inocência e força é impossível. Ao longo do romance, partilhamos das mesmas dores, alegrias e vitórias de Kya. A autora torna o leitor cúmplice e companheiro da menina. Notamos também que a arte, mesmo nos locais mais remotos — arrisco dizer que até nos corações mais fechados — , muda a vida.
2 — Herdeiras do mar
Logo no primeiro capítulo descobri que a história seria cruel e pesada. Confesso que pensei em desistir por não me achar preparado para entrar no mundo de Hana e Emi. A narrativa ganha peso por se basear em um momento triste da história das mulheres sul-coreanas: o abuso sexual. Foi complicado digerir as cenas, mas valeu muito a pena ter chegado ao final. Mary Lynn Bracht, além de resgatar as memórias de muitas mulheres, deixa um legado para os que ainda acreditam nos laços e promessas familiares.
3 — Hibisco Roxo
Primeira leitura de Chimamanda Ngozi Adichie, Hibisco Roxo é um retrato claro e cru da hipocrisia religiosa e ausência de liberdade. Por meio de Kambili mergulhamos em seu mundo tóxico e sufocante. O tema principal em Hibisco Roxo é a intolerância e fanatismo religioso. Particularmente, desejei que Kambili evoluísse, mas isso não importa muito pois o leitor se assusta com a violência física e psicológica presentes na política nigeriana, na igreja e dentro das famílias daquele país. Há uma mensagem importante sobre esperança e condições financeiras.
4 — Despertar
Um dos livros mais complicados deste ano. E não é para menos! Quando falamos de Octavia Butler é muito provável que em algum momento nos acharemos quase incapazes de ler sua obra! Despertar é uma ficção tão complexa que chegou a me deixar incomodado em alguns momentos. Eu não conseguia conceber ou concretizar seus personagens, seus cenários futurísticos e orgânicos. Obviamente há uma mensagem muito forte sobre xenofobia e a compreensão do que é diferente. O brilho e curiosidade deste livro ficam por conta dos Oankali, seres que mexem constantemente com o leitor.
5 — Pequena Coreografia do Adeus
Este é o segundo livro de Aline Bei e fala de autoaceitação e rejeição familiar. Já conhecia o formato de escrita da autora, então, neste livro me senti mais confortável em acompanhar a dinâmica e estrutura da prosa. Conhecemos Júlia e vemos seu crescimento em um mundo quase solitário. Os dilemas familiares e a relação conturbada com os pais aumentaram meu carinho por Júlia. É uma personagem que não vai ser esquecida tão cedo.
Além dos livros acima, outros títulos fizeram parte dessa aventura semestral: O sol também é uma estrela | Memórias Póstumas de Brás Cubas | O Casal que Mora ao Lado | Homens pretos (não) choram | O Ladrão de Raios | Poesia que Transforma | F5 | Zeide | Selvagem | O Mar de Monstros | Cenas Londrinas | Um Teto Todo Seu | Quando Presto Atenção