Editorial #03

Canais de difusão do curta-metragem na web, Torquato Joel, Gabriela Almeida Amaral e críticas: os conteúdos da terceira semana do Curta Curtas

Grace Passô em cena do filme Sem Asas, de Renata Martins

Há uma máxima que diz que “um é pouco, dois é muito e três é demais”. Na sua terceira semana no ar, o Curta Curtas confirma a parte final dela, evidenciando um novo significado: a qualidade superlativa das produções de curtas-metragens brasileiros.

Se na segunda edição o nosso Plano Detalhe fez um apanhado histórico relembrando e contextualizando a Lei do Curta, que possibilitava a exibição de curtas no cinema, nessa semana trazemos o panorama dos canais e plataformas de difusão do curta-metragem na internet e as estratégias adotados por eles enquanto janelas de exibição que ampliam o escopo de público para esse cinema.

Na 3x4, a personagem da vez é Torquato Joel, cineasta paraibano que é referência como curta-metragista no Brasil, e que se prepara para lançar seu segundo longa, enquanto esboça o projeto de um novo curta.

O nosso Top 5 ‘levanta o olho’ para o cinema de Gabriela Amaral, reconhecida como uma das mais promissoras cineastas paulistas da sua geração, ao lado de nomes como Marco Dutra, Juliana Rojas e Caetano Gotardo. Selecionamos cinco curtas da realizadora que também é referência do cinema de horror brasileiro.

Os filmes em destaque nas Críticas têm uma diversidade de temas e recortes: Sem Asas (2019), de Renata Martins, aborda o racismo estrutural e seu impacto na vida de um menino; o documentário Copacabana Madureira (2019), de Leonardo Martinelli, com humor “memético”, situa o Rio como expressão do Brasil no cenário político das Eleições 2018. Na crítica de Depois da Meia-Noite (2020), escrevemos sobre o filme de Octávio Gaudencio e sua proposta de referenciar jargões do cinema de horror, enquanto em Partir (2018), de Sonia Guggisberg, analisamos o trabalho da autora que revisita o passado através de arquivos de imagem. Por último, mas não menos expressivo, há a animação Torre (2017), de Nádia Mangolini, sobre memórias da infância durante a ditadura civil-militar brasileira.

O conteúdo disponível fala por si: diversidade de temas, olhares diversos e detalhados e a singularidade de cada redator em sua escrita sobre cinema. Esperamos que nosso recorte seja prazeroso, instrutivo e instigante. O Curta Curtas segue uma janela aberta para o universo do curta-metragem, então, fica a vontade pra ‘se chegar’ e acompanhar nossas publicações.

Acesso integral ao nosso conteúdo em: www.curtacurtas.com

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Sandro Alves de França
curta curtas :: curtindo curtas, curtindo cinema

Jornalista, professor e mestrando. Praiêro nas horas vagas. Escreve, reclama, lê e assiste a filmes. 30 anos de sonho e de sangue. E de América do Sul.