Diario dos Invisiveis

Livro Psicografado por Zilda Gama, 1929*

Caliban Kalitz
11 min readAug 9, 2023

*Obra editada e publicada pela Empresa Typographica Editora “O Pensamento”, São Paulo.

INDICE

— Preludio (Zilda Gama, 1927)
— Communicação de Allan Kardec (Allan Kardec, 1924)

LIVRO I

As Estrellas (Victor Hugo)
Elucidações (Allan Kardec, 1913)
As Almas Humanas (Pedro de Alcantara, 1913)
As Almas dos Seres Inferiores (Allan Kardec, 1913)
Elucidações Ás Almas dos Seres Inferiores (Allan Kardec)
Por que soffrem os irracionaes? (Allan Kardec)
Problema psychico (Victor Hugo)

LIVRO II

Mensagem (Maria)
Da educação da infancia e da juventude (Pedro de Alcantara, 1923)
Das consequencias da educação paterna (Allan Kardec, 1913)
Dos deveres filiaes (Pedro de Alcantara)
Mediumnidade e suggestão (Zilda Gama)
Da educação feminina (Pedro de Alcantara, 1913)
Dos deveres conjugaes (Allan Kardec, 1913)
Do amor conjugal (Pedro de Alcantara, 1913)
Almas gemeas (Victor Hugo)

LIVRO III

Dolor (Marietta)
Da humildade (Maria)
Em nome do Evangelho (Allan Kardec)
Os suicidas (Pedro de Alcantara)
Das aspirações frustradas (Allan Kardec)
Da resistencia contra os defeitos moraes (Allan Kardec, 1913)
Das falsidades sociaes (Pedro de Alcantara, 1923)
Os transviados (Allan Kardec, 1913)
O intercambio espiritual (Allan Kardec)
Da inveja e do orgulho (Pedro de Alcantara, 1913)
Das verdades amargas (Pedro de Alcantara)

LIVRO IV

Aos materialistas (Allan Kardec, 1913)
O corpo de Jesus (Allan Kardec, 1913)
Aos antagonistas do Espiritismo (Allan Kardec)
O Iscariote (Allan Kardec, 1923)

LIVRO V

Prece (Affonso)
Os arrependidos (Allan Kardec, 1913)
Meditações (Mercedes)
Prece inicial (Allan Kardec)
Prece de encerramento (Allan Kardec, 1914)
“Jesus na praia” (Zilda Gama, 1926)
A defesa da phalena (Marietta, 1923)
Aos crentes (Marietta, 1926)
Jesus (Marietta, 1928)
Prece nocturna (Marietta)
Aspiração suprema (Marietta, 1927)
A Fé (Marietta, 1928)
Sonho… (Zilda Gama)
Paz universal (Pedro de Alcantara, 1925)
Natal (Affonso)
Ultima pagina (Victor Hugo, 1923)

PRELUDIO

Ao traçar o In limine — á novella NA SOMBRA E NA LUZ — externei os meus pensamentos relativos ao modo porque a psychographei, bem como os outros livros de origem mediumnica.

Algo direi ainda sobre o inicio da faculdade maravilhosa que o Sempiterno, por uma excelsitude de Soberano do Universo, outorga a seus humildes subditos, quando estes desejam laborar na Seára Celeste.

Quando era eu ainda considerada adepta do catholicismo, vivendo em uma obscura aldeia mineira, tive ensejo de ser apresentada ao dr. Cunha Salles (Roberto Senior) que, além de medico, cultuava o Psychismo e a formosa arte de Euterpe.

Convidada por pessoa amiga para assistir a uma íntima audição musical, que elle ia proporcionar a uma familia de nossas relações, sentei-me junto ao Pleyel, para melhor apreciar as encantadoras sonatas que elle dedilhava com maestria.

Ao terminar elle uma bella réverie, dirigi-lhe os meus applausos e interroguei-o sobre o titulo da mesma.

Disse-m’o, e, depois, fitando-me detidamente — ignorando o meu nome e a minha profissão, pois apenas foram declinados os de meu progenitor, ao chegarmos á alludida habitação, — interpellou-me bruscamente:

— V. S. é espirita?

— Não… respondi-lhe, hesitante, pois apezar de já ter lido algumas paginas kardecistas, sentindo-me alliada ao néo-espiritualismo desde a mais tenra edade, ainda não fôra levada, por factos irrefutaveis, a uma adhesão definitiva.

— Não?! falou elle, sorrindo com ironia, pondo em duvida a minha asseveração.

Depois, fitando-me fixamente, proseguiu:

— V. S. não é só espirita como, futuramente, será propagandista dos ideaes psychistas. Mais tarde publicará livros que justificarão este vaticinio…

Impressionaram-me os seus dizeres, embora não lhes désse inteiro credito.

Nenhuma idéa jazia então, no meu cerebro que confirmasse a prophecia do dr. Cunha Salles, quando, alguns annos após, numa das quadras dolorosas da vida, tendo-a já quasi esvaecida da mente, foi ella reiterada, inesperadamente, por um dos meus mais desvelados amigos invisiveis — Mercedes — cuja solicitude para commigo attinge á sublimidade!

Ao receber, em Alem Parahyba, onde então residia, a primeira mensagem d’aquelle que, em sua ultima peregrinação terrena ficou sendo conhecido pelo glorioso pseudonymo de Allan Kardec, intensa foi a minha emoção que me sensibilizou até ás lagrimas, e, mentalmente, disse-lhe que me não considerava na altura de desempenhar a contento a excelsa quão arriscada incumbencia de que me déra conhecimento a piedosa Mercedes.

Elle ponderou sobre a responsabilidade dessa missão espiritual; prometteu coadjuvar-me para que eu a executasse satisfactoriamente, terminando, com austeridade, a sua inolvidavel mensagem (*), datada de 27 de dezembro de 1912:
(*) “Revelações dos Sideraes”, o primeiro livro recebido mediumnicamente e que ainda não foi publicado.

“Sobre a tua fronte está suspenso um raio luminoso, que te guiará através de todas as difficuldades, de todos os obstaculos, e será tua gloria ou tua condemnação conforme o desempenho que déres aos teus encargos psychicos. Cinge-te de coragem, fé, benevolencia, cumpre sem desfallecimentos, e sem deslises, todos os teus deveres sociaes e divinos, e conseguirás ser triumphante!”

Será esta a linguagem de algum burlador — оu a de uma entidade nobilissima e compenetrada de todos os seus deveres moraes?

Tudo quanto me foi revelado, na alludida época, se vae realizando com precisão mathematica.

Surgiram precalços, quasi insuperaveis, para obstarem a impressão das primeiras obras que, no emtanto, assim foram editadas, alcançaram um successo animador; têm sido ellas procuradas com avidez por milhares de leitores, muitos dos quaes me dirigem cartas honrosas e commovedoras, enaltecendo-as e promettendo seguir-lhes os salutares ensinamentos.

Apresentado este DIARIO, a alguns adeptos do Espiritismo, para opinarem sobre o merito ou demerito do mesmo — por um louvavel escrupulo de consciencia, não me julgando medium infallivel, — affirmaram-me que, por dictames recebidos em diversos Centros, o Mestre já se acha no plano material, reencarnado a muitos annos, asseveração essa que importa em uma duvida sobre as mensagens por elle firmadas, neste livro, muitas das quaes já foram insertas e transcriptas em varios jornaes brasileiros.

Como patentear-se a verdade — tratando-se de trabalhos dos Invisiveis?

Por meio de provas psychicas.

Ha tres lustros — desde 1912 — tenho psychographado mensagens dos mesmos personagens intangiveis, e, dia a dia, colho indicios comprobatorios de suas individualidades. Cada um dos collaboradores do Diario usa de um modo especial ao referir-se ao medium. Todos executam as determinações fraternas de um delles que, incontestavelmente, assumiu a direcção de meus labores espirituaes. Esse é o que assigna o nome do Mestre, o que me designou o encargo que, ha 15 annos, venho desempenhando com dedicação e ingente sacrificio — pois exerço o magisterio publico e particular, das 7 ás 20 horas, tenho pouca resistencia physica e não me faltam luctas e dissabores!

Eu não o desempenharia unicamente para conquistar triumphos literarios, sem estar plenamente convicta de que fui encarregada, por uma elevada e austera Entidade, da execução de uma obra gigantesca, de summa responsabilidade para mim — a de concorrer com o meu esforço na disseminação dos ideaes espiritistas, que objectivam a Regeneração humana!

Algumas vezes a sua assignatura psychographada por mim, posta em confronto com a do facsimile existente em um livro de preces (*) — antes que eu a visse para poder auto-suggestionar-me — confunde-se uma com a outra.
(*) A prece conforme a obra — O Evangelho Segundo o Espiritismo, de 1927.

É elle que designa os dias em que os seus consocios de lides espirituaes se hão de communicar; determina os trabalhos a serem realizados; avisa-me quando tenho de encetar uma outra obra, e qual o thema a ser tratado; aconselha-me a escolher os artigos a serem dados á publicidade.

Quando necessito de algum esclarecimento é sempre elle quem m’o ministra, com a sua linguagem sem floreios, concisa, sem preoccupações literarias, mas scientificas, como o fez nas — Elucidações — quando terminei a leitura da Genese, (*), nas quaes patenteou idéas originaes, revelando uma individualidade nobilissima, ponderada, estudiosa, unicamente preoccupada com os magnos problemas mundiaes, incapaz de usurpar nomes ou direitos alheios.
(*) “A Genese”, de A. Kardec.

Tenho ás vezes, objecções a fazer-lhe a respeito de algum de seus dictames mediumnicos. Eu os formulo e, no mesmo instante, recebo as respostas, sem divagações, syntheticas, as quaes, em absoluto, não existiam em meu cerebro, pois não hei de commetter a hypocrisia de interrogar-me para eu propria satisfazer ás minhas arguições!….

Se não fôr, pois, o preclaro Mestre — desejoso de desempenhar sua grandiosa missão, — é uma entidade semelhante á sua, um seu emissario, o dirigente dos trabalhos psychicos já realizados neste e em outros livros.

Os que já foram impressos — mercê de Deus! — têm sido apreciados não só pelos proselytos do Espiritismo como até por sacerdotes catholicos. Não tiveram ainda uma refutação, uma nota dissonante, más referencias honrosissimas.

Estão sendo vertidas para o esperanto e para o castelhano, afim de serem conhecidos de outros povos.

Será crivel, pois, que o dirigente dessas obras, — acceitas sem relutancia por myriadas de leitores, — como provindo do lucido espirito que concebeu a “Legenda dos Seculos” — seja um mystificador?

Não é pelo fructo que se conhece a arvore? Póde um bom fructo ser originado em arvore nociva?

Respondam-me os que julgam já reencarnado, ha muitos annos, Allan Kardec, sem haver comtudo, até o presente, o menor vestigio de seu regresso á arena terrestre e, ao inverso do que affirmam alguns espiritistas, continua a enviar-nos os seus radiogrammas psychicos.

Ha uma communicação attribuida ao Mestre, dictada a 30 de março de 1924 (ephemeride de seu ultimo trespasse) confiada á — “Revue Spirite” — pelos Annaes do Espiritismo, de Rochefort-Sur-Mer (França), no seu numero de julho do referido anno, reproduzida no termino deste — Preludio, — a qual confirma intotum a sua estadia no plano sideral, e a mesma expressão que elle me dirigiu no trecho do livro já mencionado (*) acha-se nella consignada:
(*) “Revelações dos Sideraes”.

“Com grande alegria eu vejo um raio luminoso aclarando alguns sabios que, tendo a principio repellido os factos com desdem, depois com attenção, vão reconhecendo a sua realidade”.

Esse raio luminoso, de que fala o grande missionario, aclara não somente os eruditos como os humildes, entre os quaes me incluo.

Leiam-n’o, pois, os sinceros, os estudiosos e, se algo houver nelle que lhes possa suggerir objecções, ou duvidas, poderão formulal-as e dirigir-m’as, que eu me promptificarei a solicitar-lhe os esclarecimentos que desejarem por seu intermedio.

Todos os que se relacionam commigo far-me-ão esta justiça: minha existencia tem sido consagrada ao cumprimento austero de todos os meus encargos — sociaes, publicos, domesticos e espirituaes. Graças ás inspirações do Alto, nunca pratiquei uma leviandade ou um acto que desdourasse a minha reputação. Parece-me que trouxe n’alma esculpidos todos os deveres a cumprir no planeta terreal.

Não desejo, pois, commetter uma falta que, jamais, encontraria justificativa em minha consciencia — falsear a verdade affirmando o que não tivesse convicção plena de ser uma realidade, ao traçar estas paginas que hão de perdurar depois do desprendimento de meu espirito, para as regiões sideraes, onde será julgado e sentenciado pela Alçada divina, cogitando já proseguir, no Além, as minhas pesquizas e os meus labores psychicos.

Assevero que a personalidade que se faz conhecer pelo nome do Mestre é, incontestavelmente, investida de um poder psychico que lhe dá supremacia sobre as outras entidades que se manifestam por meu intermedio, tem dirigido os meus trabalhos mediumnicos durante 15 annos e nunca houve em minha mente a menor suspeita de que fosse um espirito mystificador — suas palavras revelam, sempre, um cunho de superioridade moral inattacavel, primam pela delicadeza, pelos alvitres austeros, e nunca falhou nenhuma de suas determinações.

Espirito da cathegoria do que dictou — “Na Sombra e na Luz” e “Do Calvario ao Infinito” — executam docilmente as suas deliberações e quando a elle se referem chamam-n’o invariavelmente de querido Mestre.

Ha, pois, dirigidos e dirigentes para a consecução das obras de propaganda espirita. A linguagem de cada um delles resumbra um modo diverso de expressar os pensamentos. Poderá o dirigente ser um mystificador, e os dirigidos, não?

Se não fôr, pois, Allan Kardec quem chefia esses trabalhos — meus e de diversos mediums, — é uma entidade investida de identica missão por elle desempenhada na França.

Elle que, no preludio de nossos labores psychicos, me fez conhecedora da responsabilidade — da incumbencia que me fôra designada — desconhece a falta gravissima que perpetuaria se falseasse a verdade?

Que é, neste Diario, que desmerece da moral e dos conceitos expendidos por Allan Kardec em seus livros?

Qual a prova que existe da sua reencarnação?

Ninguem, mais do que eu, presta culto á vestal incorruptivel que se chama — Verdade!

Á gloria de conquistar triumphos literarios eu prefiro a serenidade de minha consciencia — que é uma ventura duradoura, perenne, transpõe as fronteiras do Além, onde serei julgada por um tribunal divino, tendo sempre avivada na mente, por pinaculos lucidos, a salutar advertencia, severa mas proficua, da gravidade da minha incumbencia extra-terrena.

Finalizando, hoje, estas paginas, graphadas com emoção e sinceridade, alço o pensamento ao Eviterno agradecendo-lhe os obstaculos vencidos, os triumphos alcançados por estas publicações que têm por objectivo — a Redempção espiritual da humanidade transviada do redil de Jesus!

E aos benemeritos Amigos invisiveis — cujas mãos generosas me amparam em horas de amargura e de desalento, cujas palavras affectuosas ou graves, — plenas de esperança e de nobres ensinamentos — enxugam-me o pranto e suavisam-me dores acerbas — offereço o fructo do meu sacrificio, sentindo-me ditosa por lhes haver sido util e ter podido testemunhar-lhes o meu indelevel reconhecimento.

O magnanimo Creador de todas as maravilhas do Universo que os recompense regiamente — engrinaldando-lhes as frontes purissimas de redimidos com as suas radiosas e incomparaveis bençãos estelliferas!

Minas Geraes. — Porto Novo, 20 — VII — 1927.
ZILDA GAMA.

COMMUNICAÇÃO DE ALLAN KARDEC

Communicação de Allan Kardec em 30 de Março de 1924, confiada á — “La Revue Spirite” — pelos ANNAES DO ESPIRITISMO DE Rocheford-Sur-Mer (França). N.º de julho de 1924.

“Outr’ora os espiritas podiam ser contados nos dedos. Escarneciam e praguejavam contra aquelles que se interessavam por essa Sciencia; esses taes eram tidos por malucos e evitados com cautela; mas, hoje, vae-se fazendo luz intensa sobre o Espiritismo, porque os sabios o explicam e procuram a realidade dos factos. Eu não disse na minha vida terrestre, que o Espiritismo havia de ser scientifico ou morreria?

E a sciencia vae pouco a pouco homologando os phenomenos espiritas.

Para muita gente, nós o sabemos, esses phenomenos continuam ainda incomprehensiveis, porque não se pode explicar e analysar a força que os produz, mas dia virá em que os sabios a descubrirão e provarão que, se a materia compõe nosso corpo, existe tambem no ser humano uma cousa mais subtil que anima esse corpo: uma alma immortal!

Com grande alegria vejo um raio luminoso aclarando alguns sabios que tendo a principio repellido os factos com desdem, observando-os depois com attenção, vão reconhecendo a sua realidade.

Direi, portanto, aos que ainda não comprehendem o Espiritismo: estudae, observae, mas não o acceiteis senão com a vossa razão e com a sciencia; é por attenção accurada na observação dos phenomenos que se chega a concluir: Cela, est!

Aquelles que nos factos espiritas só vêm illusão e crendices da parte dos Mediums que nós animamos, estão em erro, podem tambem estar de má fé.

Se ha mediums mais preoccupados de seus interesses que da verdade, tambem os ha, e em maior numero, que são sinceros e desinteressados e são na realidade uma força psychica poderosa, capaz de ajudar os Espiritos a produzir phenomenos; esses são para nós preciosos auxiliares que nos permittirão attingir o triumpho de nossa obra de Luz.

Que Deus abençõe esse trabalho dos Espiritos, que vae crescendo de dia para dia neste planeta, para maior bem da humanidade. Quanto a mim, a minha missão espiritual está cumprida em parte, e dentro de alguns annos tornarei a reencarnar-me entre vós, amigos; e muitas pessoas jovens, que aqui se acham presentes, poderão reconhecer-me então pela minha obra de Espiritismo.

Essa missão terrestre eu a acceitarei com jubilo por amor de meus irmãos da Terra; e para bem a desempenhar meu espirito está se instruindo, está se illuminando nestas maravilhas estupendas e sem limites, onde ha tanto que observar.

Eu estou ahi haurindo poderosas forças espirituaes para voltar ao serviço do progresso da humanidade terrestre, para affirmar a meus irmãos a realidade e a belleza desta vida do espirito no Espaço.

Sim, eu voltarei para trabalhar neste planeta onde luctei e soffri, mas estarei com o espirito mais forte, mais generoso, mais elevado, para ahi fazer reinar mais fraternidade, mais justiça, mais paz”.

Traducção de Porphyrio Ramos, de Rio Novo, a 27 — 9 — 1924. (Minas Geraes).

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Caliban Kalitz

"No Man, when he has lighted a candle, cover it with a vessel, or put it under a bed; but set it on a candlestick, that they which enter in may see the light."